Motoristas de aplicativos de Juiz de Fora aderiram à paralisação realizada em todo o país, visando melhorias nas condições de trabalho. O chamado day-off, ou dia sem atividades, foi iniciado às 4h desta segunda-feira (15) e seguirá até o mesmo horário da terça-feira (16). "Pode sentir o termômetro, conseguimos ver os mapas ficando vermelhos e realmente ficaram mais do que o normal. O dia off foi atingido. Algo em torno de 30% a 50% dos motoristas parados", avalia Sóstenes Josué, diretor da Associação dos Motoristas de Aplicativo de Juiz de Fora e Zona da Mata (AMA JF/ZM).
Ainda de acordo com Sóstenes, a grande reivindicação do movimento são as tarifas praticadas pelas empresas. Os trabalhadores pedem a mínimo de valor para a corrida de R$10 com mais R$2 por quilômetro rodado. "Como pano de fundo, pedimos maior segurança. Haja vista que os assaltos a motoristas de aplicativo têm aumentado e também por melhores condições de trabalho. Plataformas melhores, porque eles têm condições de fazer isso."
Sobre a segurança, o diretor explica que os representantes da AMA foram até Belo Horizonte na última semana, conversar com o Alto Comando da Polícia Militar para buscar estratégias para diminuir a ocorrência de roubos contra os trabalhadores na cidade. A paralisação nacional foi convocada por meio das redes sociais, com participação da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (FEMBRAPP).
A Uber se manifestou sobre a paralisação dos motoristas por meio de nota.
Em nota, a Uber disse que a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens deixou de ser um percentual fixo em 2018, quando a empresa aprimorou seu modelo para equilibrar as variações entre o preço pago pelo usuário e os ganhos do parceiro. "Em qualquer viagem, o motorista parceiro sempre fica com a maior parte do que é pago pelo usuário. Como a taxa é variável, existe uma oscilação natural para cima e para baixo porque em algumas viagens o percentual pode ser maior enquanto, em outras, pode ser menor. Um motorista parceiro ativo realiza dezenas ou centenas de viagens na semana, por isso a taxa média é mais representativa de quanto ele está pagando pela intermediação. Essa informação é destacada no compilado semanal enviado por e-mail aos parceiros: nas redes sociais, é possível encontrar parceiros que divulgam esses e-mails pessoais e exibem taxas médias inferiores a 5% e até mesmo 2%, por exemplo''.
A 99 ainda não se pronunciou sobre a reivindicação dos motoristas.
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