Na preparação para iniciar os estudos do último ano do Ensino Médio, o estudante Lucas de Oliveira Ferraz Conrado, de 17 anos, celebra a nota máxima na Prova de Matemática e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Comemora também a aprovação na seleção da Escola de Sargento das Armas (ESA) e na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPECx).
Quando estava no 9º do Ensino Fundamental, decidiu começar a estudar para os concursos militares. Passou a ter 18 aulas de matemática semanais. Disciplina com a qual já tinha mais afinidade, mas por conta do tempo maior de dedicação, segundo ele, passou a se desenvolver mais.
“Minha estratégia foi a seguinte: foquei todo o meu primeiro semestre no estudo para provas militares, pois é o período em que a maioria delas ocorre, fazendo meu ensino médio durante a manhã e curso de segunda a sexta de 13h30 até às 19h. Após tal período, dediquei o meu segundo semestre focando nas questões de interpretação, mais comuns em provas civis, reduzindo minha carga horaria na escola e focando no estudo individual”, comenta Lucas.
Ele explica que a principal diferença entre as questões está na forma de cobrar, pois, enquanto as provas militares são mais conteudistas e diretas, as provas civis são mais interpretativas. “O que as torna extremamente cansativas, pois exigem muito tempo e raciocínio. Esse estudo simultâneo se torna muito desafiador, pois enquanto você deve se aprofundar demasiadamente na matéria para provas militares, você também encontra a necessidade de relacionar a matéria com acontecimentos cotidianos e conhecer maneiras que ela pode ser cobrada de forma mais "fora da caixinha".
Para Lucas, os fatores essenciais para alcançar o resultado obtido nas provas foi o tempo dedicado aos estudos e a rede de apoio, formada por mais, diretores, professores e amigos. “Mesmo quando eu duvidava se era capaz, eles me motivavam. Quando os resultados não foram tão bons, me disseram pra não desistir. Além disso, destaco o contato que tive com grande exemplos, como o Caio Temponi, que dedicou o tempo dele para me dar aula, e outros professores de excelência”.
Caio Martins Temponi, estudante de Direito e Matemática, representante Brasileiro na Sociedade Internacional de Superdotados, comenta que é um orgulho participar da trajetória de Lucas Conrado. “Sempre foi um aluno muito inteligente, muito dedicado, e ver que ele conseguiu chegar nesse nível de gabaritar a matemática do Enem é realmente uma emoção muito grande. Eu fico muito feliz por ele, sei que esse é apenas uma das conquistas que ele teve e que se Deus quiser vai vir muito mais.”
O foco de Lucas no momento são as provas civis. Ele pretende prestar novamente o Enem e cursar Medicina. Para isso, ele deve iniciar um curso de Redação e outro de Biologia, para melhorar ainda mais o aproveitamento.
“Sei como a Educação pode mudar vidas. Eu me sinto tocado por isso. Eu já fui estudante de Escolas Públicas e, devido ao meu esforço, consegui bolsas que me auxiliaram muito e me permitiram chegar até aqui”, reflete. Para outros estudantes que iniciam a caminhada, ele aconselha: “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho, então, não se limite por achar que não é capaz, as portas se abrem para aqueles que não desistem dos seus objetivos”.
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