Mais de 3,3 bilhões de reais já foram concedidos por meio do Crédito do Trabalhador, nova modalidade de crédito consignado voltada a empregados com carteira assinada. Segundo dados oficiais, já são 532.743 contratos firmados em todas as unidades da Federação, com valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador. A parcela média gira em torno de R$ 350,46, com prazo de pagamento de 18 meses.

São Paulo e Rio de Janeiro lideram o número de contratações, que são feitas digitalmente por meio da Carteira de Trabalho Digital. O modelo oferece taxas mais baixas em comparação a outras opções do mercado.

O mecânico José Everaldo Cunha, de 47 anos, utilizou o crédito para reformar sua área de serviço e investir em novas ferramentas. “A parcela coube no meu bolso e a taxa de juros foi menor do que outros empréstimos que já fiz. Mas é uma dívida que te acompanha por um bom tempo”, disse.

Apesar da alta adesão, especialistas alertam para os riscos. O professor Reis Rocha, do curso de Ciências Contábeis da Estácio, destaca o perigo do endividamento excessivo. “O crédito pode comprometer até 35% da renda líquida mensal. Se houver demissão, a dívida permanece, mesmo sem salário”, alerta.

Rocha também chama atenção para o uso impulsivo do crédito e para o bloqueio do FGTS em caso de demissão. Ele recomenda planejamento financeiro, comparação de taxas, análise do contrato e cuidado com fraudes. “É essencial avaliar com calma. Se não for bem pensada, a dívida pode comprometer o orçamento familiar por anos”, conclui.

Sindijori - Coluna MG - Vale do Aço tem crédito ampliado

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