Uma operação conjunta das polícias civis de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro prendeu cinco pessoas e cumpriu dez mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (18) em Juiz de Fora, Bicas e na capital fluminense. A ação, chamada Operação Estorno, tem como alvo uma associação criminosa interestadual envolvida em fraudes bancárias, clonagem de cartões de crédito e sequestro virtual de linhas telefônicas.

As investigações começaram no Paraná, após a denúncia de uma vítima. Os primeiros levantamentos apontaram que parte do esquema era articulada a partir de Juiz de Fora, o que levou à atuação conjunta com o setor de inteligência da Delegacia Regional da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o grupo capturava ilegalmente dados bancários e interceptava linhas telefônicas das vítimas, que ficavam incomunicáveis por dias. Nesse período, os suspeitos realizavam compras de alto valor, especialmente em lojas físicas e virtuais no Rio de Janeiro. Com as evidências reunidas, a Justiça autorizou buscas e prisões em endereços ligados aos investigados.

Todas as prisões ocorreram em Juiz de Fora. Dois homens, de 23 e 21 anos, foram detidos por mandado nos bairros Paineiras e Centro. Outras três prisões foram feitas em flagrante. No bairro Jardim Laranjeiras, um homem de 29 anos foi preso por posse ilegal de arma de fogo e receptação. Já no bairro Santa Luzia, um investigado de 43 anos foi detido por favorecimento real e desobediência, e no bairro Ipiranga, uma mulher de 27 anos foi presa por receptação.

Durante as buscas, os policiais apreenderam roupas, perfumes e artigos de luxo comprados com cartões das vítimas, além de computadores, notebooks, celulares e outros equipamentos utilizados pelo grupo. Em um dos endereços, foram encontradas ainda uma pistola e centenas de munições.

O delegado responsável pela investigação, Márcio Rocha, destacou que a operação reforça a importância da integração entre forças policiais de diferentes estados no enfrentamento ao crime organizado digital. As apurações continuam para identificar a possível participação de estabelecimentos comerciais no esquema. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional.

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PCMG - Reprodução

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