Mulheres de Juiz de Fora

Leila Fonseca Barbosa

Foto cedida pela diretoria do Clube Bom Pastor A rela??o de Leila Barbosa com as letras ? muito antiga, "desde sempre". Ela come?ou a ler muito cedo e volumosamente. Sua m?e dizia que bastava uma rede e uma por??o de livros que Leila seria feliz.

Ela estudou em Petr?polis, onde era bibliotec?ria da turma. Com o acesso livre ? biblioteca do col?gio, Leila aproveitava para pegar livros permitidos ?s s?ries superiores a dela para ler escondido no dormit?rio.

Quando foi fazer o curso superior, pensava em cursar Engenharia. Mas, na ?poca, s? havia uma mo?a fazendo o curso. A fam?lia n?o permitiu a escolha. "Era um curso de homem". Ela, ent?o, optou por Letras por causa da Literatura. Ainda mo?a, ela tinha feito um curso de L?nguas Neo-Latinas que tinha lhe mostrado sua facilidade, principalmente com o Franc?s.

Parceria que deu certo
Leila dava aulas de Teoria Liter?ria na UFJF quando resolveu fazer mestrado. O seu orientador, Mario Camarinha da Silva, sugeriu escolher um autor local para estudar. A juizforana, elegeu o tio av?, Belmiro Braga. Na ?poca, Marisa Timponi, j? tinha vindo dar aulas de Literatura Brasileira na UFJF e tinha Murilo Mendes por objeto de estudo. "Belmiro tinha que encontrar novamente Murilo", Leila encontrou Marisa. A?, come?ou a parceria, a amizade, o compadrinho.

Leila Barbosa At? ent?o, a Literatura da cidade era considerada marginal, de segunda linha. "N?o se podia dar aulas sobre os autores de Juiz de Fora. O projeto de pesquisa da Hist?ria Liter?ria de Juiz de Fora s? foi ter reconhecimento quando entrou na Lei Murilo Mendes. O livro Letras da Cidade foi vendido at? na Europa e nos EUA. "Ainda tem muita coisa para escrever. - conta a professora - Mesmo com apoio da Lei Estadual, nenhuma empresa da cidade quis financiar a segunda edi??o do livro, com o acr?scimo de mais ou menos 50 autores".

Apesar das dificuldades, a parceria com Marisa continua. "A troca foi, academicamente, muito importante e tem dado muito certo. O trabalho em conjunto cresce a partir das diverg?ncias", avalia Leila.


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