Contemplando o rio: Homenagens ao rio Paraibuna

Nas noites claras de luar, costumo
ir das ?guas ouvir o v?o lamento;
e, ap?s o ouvi-las, cauteloso e atento
(...)
?s como o rio, cora??o tristonho:
Se ele vive a chorar de queda em queda,
que o rio tamb?m sofre eis que presumo.
vives tu a gemer de Sonho em sonho...

Belmiro Braga (Montezinas)


(...) cidade radiosa, reclinada na colina que o Paraibuna beija e fertiliza, cidade maravilhosa, que foi plantada ?s portas do nosso Estado para que o viajor, logo ao penetrar em terras de Minas, tivesse o atestado mais brilhante e mais vivo da pujan?a e da grandeza do povo mineiro!

Dilermando Martins da Costa Cruz


Do alto, espirava o esmeraldino tapete da v?rzea recortada pelo cristal oscilante e f?rtil Paraibuna coleante, froslado, escoante a fluir por entre o dorso das montanhas azuis e majestosas...

Albino de Oliveira Esteves


? Paraibuna do meu ?dio, ? Paraibuna do meu amor!
E o meu ?dio v? que, nos estios chuvosos, as chuvas, tumultuando
no teu leito estreito,
engrossam-te a caudal, arrepiam-te a torrente, revolvem a
inquieta??o das tuas ?gua loucas, (...)

Mas, passada a invernia,
meu amor sente que uma car?cia arrependida de novo aflora ?s tuas
?guas beijadas pela lua p?lida.

Rangel Coelho


(...) Isso nos dias de chuva, quando o Paraibuna enchia, subia encontrava, na Rua Direita, os rios de ?gua barrenta que desciam do morro do Imperador.(...) [Rosa] pulava como um anf?bio, de nossa janela para os cach?es da enxurrada que corria espumando e bramindo em dire??o de Mariano Proc?pio para recuperar objetos arrastados, gaiolas com p?ssaros vivos, gatos se debatendo e um dia, maravilhosamente! uma carteira cheia de dinheiro boiando nas ondas...

Pedro Nava


? o Rio Paraibuna
Um triste rio cansado
Que, de lacuna em lacuna,
Virou sombra do passado.

Rio do Caminho Novo
Do Bandeirante Garcia,
Uma gl?ria do seu povo
No tempo da Monarquia.

?guas ricas, bem piscosas,
Riqueza dos pescadores,
Nas curvas silenciosas
Escondia seus pendores.

Como o Nilo fez o Egito
Tamb?m ele Juiz de Fora.
Mas hoje escuta-se o grito
Que repercute terra afora

Do mal que o desfigurou
Pela industrializa??o.
Pois sua fama acabou.
Triste civiliza??o !

Wilson de Lima Bastos


Minha cidade do Rio Paraibuna
de ?guas pardas e mansas
a deslizarem devagar, para contemplar o Cristo Redentor,
curtindo saudade das margens ocupadas
e as invadir nos tempos da chuva,
nas quais se pescavam lambaris
e cascudos e piaus
e dourados,
onde se podia nadar

Almir de Oliveira


O Paraibuna
vomita a treva
das noites
     nervos e
     sangue
escorrendo grosso
no vale
     de valores
Artelhos articulam
a dimens?o
do Homem
    que solta
    as pontas do dia.

Cleonice Rainho



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