o problema da sa?de
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Por ser considerada cidade
p?lo com condi?es de receber transplante, fazer cirurgia card?aca e
neurocirurgia, Juiz de Fora acaba atraindo toda a macroregi?o. "Os munic?pios menores, por exemplo, compravam ambul?ncia e traziam o paciente direto para Juiz de Fora, sem analisar o caso", afirma a m?dica e chefe do Departamento
de Interna??o Hospitalar, Maria Ant?nia Campos Almeida (foto abaixo) . Segundo ela, a solu??o encontrada foi a instaura??o da portaria n? 2048 que obriga o hospital a estabilizar a sa?de do paciente em seu munic?pio e, somente depois, fa?a o pedido ? Central de Vagas de Juiz de Fora. "A Central rastreia e v? a gravidade da ocorr?ncia, porque n?s temos v?rias portas de entradas de pedidos em Juiz de Fora e nas cidades vizinhas".
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"O funcionamento da Central de Regula??o de Vagas depende muito de toda a din?mica de fora. Ent?o ela depende da disponibilidade de leitos, dos hospitais diminu?rem a perman?ncia dos pacientes, dos prestadores e da diretoria estarem muito afinados com o estado. Porque n?o adianta colocar uma Central de vagas 100%, informatizada, com padr?es, controle e resultado, se l? fora a gente encontra pessoas colocando obst?culos para o funcionamento dela. Est? tudo interligado. A prestadora precisa da gente e n?s deles. O munic?pio precisa do estado e este da Uni?o. ? tentar resolver o problema e n?o jogar a culpa para o outro, sen?o n?o chegamos a lugar algum", conclui.
Redu??o de leitos
Maria Ant?nia diz que nos ?ltimos vinte anos houve redu??o de leitos em Juiz de Fora, o que
certamente prejudica o atendimento. Segundo ela, hoje a cidade conta com 1079 leitos gerais e 650 de psiquiatria. "Esses 1079 leitos s?o um n?mero insuficiente para atender
toda a macroregi?o, com cerca de 1500 pessoas. S? na micro, de Juiz de Fora,
n?s temos 580 mil. N?s precisar?amos de tr?s leitos para cada mil habitantes.
Para esse n?mero de pacientes, n?s necessitar?amos de 500 a 600 leitos para
atender a toda a macroregi?o". A m?dica diz que a redu??o foi
gradativa e que alguns hospitais fecharam as portas para o SUS.
No caso da oncologia, Maria Ant?nia lembra que em Juiz de Fora somente a Ascomcer e o Hospital Oncol?gico fazem o atendimento. "?s vezes, no fim-de-semana, o m?dico n?o deu alta e deixa para dar alta na segunda". Ela explica que est?o trabalhando o tempo de perman?ncia dos pacientes nos hospitais, para que haja maior rotatividade de pessoas. "Antes, por algum paciente ser de fora, as pessoas diziam que n?o tinham como cuidar e deixavam mais tempo, desnecessariamente, e (o hospital) ficava tipo uma hotelaria".
A ortopedia no Hospital Jo?o Fel?cio, de acordo com a m?dica, diminuiu tamb?m o n?mero de leitos e n?o possuem um sobreaviso de ortopedia. "Nem todos querem internar SUS e a menina tem que ficar ligando para o m?dico para saber se ele pode atender. Isso ? p?ssimo e ? o que estamos tentando ajeitar".
Ela ainda citou o caso de uma senhora que conseguiu a vaga, mas n?o havia m?dico de plant?o para assumir o caso. "A orienta??o foi: se tem leito, ent?o, isso ? um problema interno com o prestador. N?s temos um conv?nio com eles, e a?, a paciente conseguiu".
Na Santa Casa de Miseric?rdia, 60% dos leitos s?o reservados para o atendimento ao SUS. Desses, 80% s?o para urg?ncia e emerg?ncia e 20%, eletivo (de pequena complexidade). "A Santa Casa ? refer?ncia para altas complexidades, como cirurgia card?aca, neurocirurgia e cirurgia ortop?dica. Nenhum outro hospital tem aqui", explica Maria Ant?nia.
Quanto ao corte de urg?ncia e emerg?ncia na Santa Casa, a m?dica Maria Ant?nia explica que o atendimento de urg?ncia era de 60 pacientes/dia, atrav?s da Central de Vagas. "N?o ? muito significativa, mas por outro lado, ela gerava na porta uma interna??o de 300 pacientes. O que era ruim, porque eles ?am chegando e ficando ali embaixo e, ?s vezes, n?o havia uma complexidade para Santa Casa. E este prestador prometeu n?o recusar nenhum paciente grave que chegue na porta", explica.
Quanto a possibilidade de expans?o dos leitos, a m?dica diz que as UTIs neonatais aumentar?o de 20 para 30, no dia 23 de setembro (quinta). Os leitos gerais ter?o um acr?scimo pequeno na Santa Casa, no Hospital Universit?rio e Municipal. Mas, de acordo com Maria Ant?nia, para expans?o de leito ser? necess?rio contratar mais funcion?rios.
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