Transplante de ?rg?os em Juiz de Fora
Osmarina das Gra?as Riane recebeu, h? 21 anos, um rim da irm? Olga Salete Riane do Valle
Osmarina e Olga ap?s o transplante | Olga e Osmarina hoje |
Osmarina das Gra?as Riane, aos 36 anos, recebeu um rim de sua irm? Olga Salete Riane do Valle, aos 46 anos, no ano de 1983. Este foi o primeiro transplante de rim realizado em Juiz de Fora e foi na Santa Casa de Miseric?rdia.
Antes de chegarem a conclus?o que Osmarina possu?a um problema de insufici?ncia renal, ela passou por muitos m?dicos que a trataram como se tivesse problema de f?gado. "Eu passava mal, tudo que eu comia eu vomitava e me diziam que o sintoma era de problema no f?gado". At? que encontrou um m?dico que pediu exames simples que verificaram a insufici?ncia dos rins de Osmarina. "Verificaram minha press?o, que estava alta. Tiraram sangue para verificar o n?vel de creatinina e analisaram a urina. Meu n?vel de creatinina estava alto", conta.
N?vel de creatininia alto no organismo siginifica que os rins n?o est?o filtrando normalmente. Osmarina fez um tratamento e conseguiu estabilizar o quadro por doze anos. "Mas chegou a um ponto que eu teria que fazer o transplante. Minha sorte ? que n?s somos em oito irm?os. Eu tinha grandes chances de conseguir algu?m compat?vel comigo e todos estavam dispostos a doar", diz.
O irm?o g?meo de Osmarina foi o primeiro a fazer os exames de compatibilidade. "Todos estavam confiante", diz Osmarina. Mas para surpresa de todos, ele apresentava o mesmo problema. "Foi um choque para todos. Ele sabia que, algum dia, ele precisaria de um transplante".
Enquanto eram feitos os exames de compatibilidade entre os irm?os, Osmarian teve que fazer hemodi?lise por seis meses. "? muito dif?cil, porque voc? tem que ficar quatro horas na m?quina, durante tr?s vezes por semana. O pior ? que a gente se sente mal". Ela conta que se sentiu tonta e desmaiou. "Depois disso, quando eu me sentia mal, eu chamava o enfermeiro. O medo de morrer ? grande. Tinha gente que dormia e se tivesse qualquer altera??o e o enfermeiro n?o percebesse, poderia morrer. Por isso, aconselho que levem livros, revistas, qualquer coisa para distrair", ensina.
Solidariedade
Para Osmarina, o mais importante ? a coragem de quem vai doar. "Quem doa ?
que tem que ter coragem. A boa vontade de todos os meus irm?os me deixou
tranq?ila". Olga diz que o que ajudou tamb?m foi o otimismo. "Ela estava
muito confiante e eu tamb?m".
Outra pessoa importante na vida de Osmarina ? o marido. "Ele foi meu psic?logo. Ele tinha certeza de que tudo correria bem. Quando perguntavam pra ele se n?o tinha medo, porque seria o primeiro transplante em Juiz de Fora, ele rspondia que tinha certeza que fariam de tudo para dar certo, justamente por eu ser a primeira transplantada".
O irm?o g?meo de Osmarina, quando foi fazer o transplante, foi compat?vel com outra das irm?s. Mas n?o teve a mesma sorte. "Ele fez a cirurgia em Vit?ria, no Esp?rito Santo. Mas, a gente n?o sabe o motivo, o rim necrosou assim que foram transplantar. Foi muito triste". Felizmente, ele conseguiu receber o rim de um doador cad?ver e vive bem h? 14 anos, dessa vez, gra?as a solidariedade de uma fam?lia que autorizou o transplante.
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