Encontro de Autom?vel Antigo

"Ferrugem no sangue"

Clique para ver o motor da Variant, ano 1979, de M?rcio Rezende. O ve?culo vai estar no Encontro de Autom?vel Antigo

O engenheiro el?trico, M?rcio Rezende, 43 anos, ? um apaixonado por carros desde pequeno. "Quando era crian?a, vi um carro antigo passando e fiquei vislumbrado", ressalta. Desde ent?o, o antigomobilismo passou a fazer parte de seus sonhos.

E o sonho at? que n?o demorou muito para se realizar. Aos 20 anos, em 1982, ele interessou-se por um Ford 1929. "Bati o olho no carro, parecia coisa de crian?a querendo um brinquedo e acabei levando ele para a casa e restaurando-o", lembra.


Segundo M?rcio, quando ele sa?a com o carro, enchia de curiosos em volta, gente querendo conhecer e comprar o ve?culo. Numa dessas ofertas acabou trocando o Ford 29 num carro zero da ?poca. Mas conta que n?o resistiu muito tempo com o modelo novo e acabou vendendo-o e comprando dois antigos. Come?ava, ali, um ciclo de troca, compra, restaura??o e venda de ve?culos antigos que continua at? hoje.

"Quem gosta de carro antigo tem ferrugem no sangue", relata. Para ele, o "frisson" ? arrumar, restaurar o carro. Para isso, fez curso de lanternagem, pintura, mec?nica... "? como se fosse a minha obra de arte", confessa. At? hoje, o engenheiro restaurou cerca de 12 carros.

M?rcio possui, hoje, uma Variant 1979, dois Opalas (anos 1974 e 1980), uma r?plica da Ferrari 355 (em restaura??o) e um Ventura 1984. Ele prefere deixar esses carros na garagem, poupando-os para os encontros.

O que mais chama sua aten??o nos autom?veis antigos ? o estilo, a carroceria, o design. "J? possu? uma limusine Chevrolet 1946, convers?vel, uma raridade que pertencera a um governador de Minas, e comprei de uma vi?va de um fazendeiro. Era cheio de estilo, foi o mais valioso que tive", conclui.

Para ele - um dos fundadores do Clube do Autom?vel Antigo, em 1989 -, o antigomobilismo ? um hobby caro, o que acaba limitando a faixa et?ria do participante da categoria, pois ? necess?rio que possua uma certa estabilidade financeira.

M?rcio acredita que, mesmo que os jovens n?o possuam uma condi??o econ?mica satisf?t?ria para manter um ve?culo antigo em um bom estado de conserva??o, podem acompanhar as atividades do Clube. "A paix?o por ve?culos antigos n?o restringe ? idade do admirador", completa.


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