Neste m?s tivemos outro Festival Internacional de Corais na cidade, que, conforme j? comentei em artigos anteriores, j? se firmou como refer?ncia em eventos deste car?ter. Os jornais noticiaram e lembraram a grande quantidade de corais que j? participaram deste festival. Grupos das mais diversas partes do Brasil e ainda de outros pa?ses alegraram a cidade cantando por todo lado. Por todo lado mesmo, confesso que ainda me surpreende entrar em um banco, sempre t?o desagrad?vel, e encontrar l? um coro cantando. N?o que torne a ida ao banco mais agrad?vel, mas alegra o dia.
H? uma can??o coral, se a mem?ria n?o me abandonou definitivamente, do Damiano Cozzella, chamada Jingle Coral; que diz: "o que fazer pra alegrar a sua vida? Siga o velho ditado: quem canta seus males espanta, quem n?o canta ? um pobre coitado. Coral n?o tem contra indica??o, ? receita natural. Coral, corinho, cor?o, ? bom, gostoso e n?o faz mal".A m?sica continua no maior lugar comum dos jingles, mas ? linda e resume bem o que ? a atividade coral.
Ao que consta, o canto coral ? caracter?stica de qualquer grupo humano, independentemente de cultura. O canto coletivo tem a capacidade de harmonizar, comover e mover. Villa-Lobos estava certo quando insistiu no Canto Orfe?nico para as escolas e fez um trabalho gigantesco em prol da m?sica coral no Brasil, trabalho este que n?o conseguiu a continuidade necess?ria para render frutos de longo prazo.
A m?sica coral ? um excelente meio de educa??o musical e social de crian?as. Ela integra, d? no??o de arte e beleza, disciplina, musicaliza. E ? triste ver como ainda ? desperdi?ada esta possibilidade. Pouqu?ssimas escolas t?m a m?sica coral como atividade, e algumas t?m coragem de colocar crian?as cantando juntas e chamar isso de coral. Sonho em ouvir um encontro de corais escolares, ou mesmo de escolas, que buscam tanto diferenciais mercadol?gicos, oferecer uma forma??o coral como novidade.
Juiz de Fora tem muitos e bons coros, j? falei disso, mas j? falei tamb?m que n?o tem coros profissionais, e isso ? uma grande perda. Neste Festival do m?s de setembro n?o foi diferente. Ouvimos at? muita coisa interessante, agrad?vel e curiosa, mas nada profissional. Sem contar as repeti?es de repert?rio. Cantam sempre o mesmo, como se n?o houvesse m?sica coral suficiente.
Seria interessante se o Festival de Corais abrisse um espa?o tamb?m para a forma??o durante seu acontecimento, com oficinas para os participantes e para o p?blico que quisesse se inteirar mais sobre como ? o funcionamento de um coral. E seria muito interessante se Juiz de Fora pensasse em ter um coral profissional, que pudesse nos trazer um repert?rio coral de peso, mas cantado com qualidade. Pois n?o adianta nada fazer o "Messias" do H?ndel, se a afina??o ficou comprometida e a express?o era apenas um grito.
Portanto, como n?o poderia ser diferente, meus parab?ns por mais um encontro de corais e por favor, mais corais com qualidade.
Terminando com as palavras ainda do Jingle Coral: "Cante coral, veja coral, prestigie coral!".
Jo?o Sebasti?o Ribeiro
A educa??o coral poderia ser um excelente meio de evitar os desgostos que estamos tendo com a m?sica em geral.
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