F? e esperan?a No dia de Nossa Senhora Aparecida, juizforanos reafirmam sua cren?a pela padroeira do Brasil

Fernanda Leonel
Rep?rter
12/10/2006
Clique no ?cone ao lado para conferir os hor?rios de missas e programa??o da Arquidiocese de Juiz de Fora para as comemora?es do dia da padroeira do Brasil



foto da imagem de nossa senhora O pa?s mais cat?lico do mundo comemora, nesta quinta-feira, dia 12 de outubro, o dia da sua padroeira. Festa para quem tem f?, lembrete para quem anda um pouco sumido da igreja, esperan?a para quem est? com alguma dificuldade. O dia de Nossa Senhora Aparecida ? uma mescla de sentimentos para juizforanos e pessoas de f? de todo o Brasil.

O ?ltimo senso do IBGE contatou que mais de 73% da popula??o do Brasil ? cat?lica e que a grande maioria deles acreditam em santos. N?o h? dados estat?sticos que provem a aceitabilidade da padroeira, mas ? s? olhar ao redor para ter certeza: Nossa Senhora Aparecida est? na f? e no cora??o de muita gente.

pessoas rezando no altar pessoas rezando no altar

O orat?rio de Nossa Senhora, que fica na Catedral Metropolitana, ? ponto de encontro certo para muitos fi?is. Bem no centro da cidade, perto da correria do dia-a-dia, h? quem encontre um minuto que seja para rezar, beijar a fita da santa ou pedir mais prote??o para a caminhada do dia.

? nesse local, que a diarista, Regina Dami?o (foto abaixo), vai todas ?s segundas-feiras ascender uma vela para sua santa do cora??o. A segunda-feira ? o dia certo, anotado na agenda de compromissos dessa juizforana, independente do que tenha planejado. Nos outros dias da semana, j? depende da possibilidade. Mas, a diarista garante que sempre d? um jeitinho de ir fazer uma visita, mesmo que r?pida, para a sua "segunda m?e".

foto de dona regina no altar com nossa senhora

A f? de Regina come?ou cedo, quando ela ainda era crian?a. Mas foi potencializada com a chegada do filho L?o. Ela conta que o filho tinha crises de bronquite intensas e que ficava tossindo quase que de cinco em cinco minutos. "Eu peguei a imagem da minha santa e pedi com toda f? que ela me ajudasse, porque era m?e e sabia o que eu estava sentindo".

A gra?a de dona Regina foi alcan?ada logo depois. O filho L?o ficou curado e, hoje, j? com 17 anos, acompanha a m?e ?s missas de domingo e sempre agradece pela nova vida que ganhou. Al?m disso, para alcan?ar a gra?a ela prometeu tamb?m ir ao Santu?rio de Aparecida para levar o cabelo e o umbigo do filho.

"A instabilidade do meu emprego de diarista ainda n?o me deixou ir. Meu marido tamb?m foi assasinado e sou eu a chefe da casa, guiada por Nossa Senhora. Ela sabe que ? s? o dinheiro que n?o me deixa cumprir a promessa, por isso entende minha demora", desabafou.

foto de dona Maria no altar com nossa senhora

A imagem da m?e da Padroeira do Brasil parece mesmo fazer com que a f? se torne ainda maior. Foi tamb?m pela gra?a de um filho que Maria do Carmo Barroso Reis (foto) n?o tem medo de chamar Nossa Senhora de sua santa preferida.

Ela conta que tinha dificuldades de engravidar, e que com nove anos de casada ainda n?o tinha filhos. Sempre orava, pedia, mas acredita que um dia de pedido foi especial: "certa vez eu fiz uma vestimenta para a minha sobrinha coroar Nossa Senhora, e com a roupa pronta na m?o, pedi com muita f? para que ela me desse a gra?a de ter um filho. Uma semana depois eu recebi a not?cia que estava gr?vida", conta.

Espalhando a f? em Nossa Senhora
foto de Seu Non? no altar com nossa senhora

Sebasti?o Couto Malta (foto), mais conhecido como "Seu Non?", ? tamb?m um dos freq?entadores ass?duos do orat?rio de Nossa Senhora Aparecida, na Catedral. O senhor de 80 anos, diz que sempre foi um cat?lico muito presente, mas que desde a morte da sua esposa e os sinais que ele teve de Nossa Senhora, vai at? o local praticamente todos os dias.

No dia que recebeu a not?cia da morte de sua esposa, ainda dentro do hospital, teve seu primeiro infarto. "Acho que foi de tanta tristeza", diz. Passado o susto, ele recebeu as instru?es do m?dico que o recomendou alguns passos para que ele n?o tivesse o segundo.

Foi ent?o que meses depois, ele andava em um dos ?nibus urbanos da cidade e teve uma enorme dor no peito. Seu Non? conta que estava perdendo as for?as at? para falar quando, de repente, ele ouviu uma voz de mulher dizendo "grita! pede ajuda porque voc? tem que viver". Ele disse que olhava para todos os lados do ?nibus e que n?o via ningu?m falando com ele.

"Eu chamei por ajuda e escapei da morte. Parei para pensar depois e cheguei ? conclus?o de que era minha mulher que tinha morrido, mas que n?o queria que eu morresse. Ela era muito devota de Nossa Senhora, e tinha o mesmo nome que ela - Aparecida. Tenho certeza que ela teve ajuda para conseguir falar comigo", diz.

foto dos santinhos distribuidos por Seu Nono, e da carteira de identidade da mulher, dona Aparecida

Desde ent?o, Seu Non? resolveu n?o s? dar mais aten??o ? Santa que ele acredita, que lhe deu a chance de viver mais, como tamb?m optou por espalhar a f? e a sua hist?ria para quem quisesse ouvir.

Aposentado, ele sai de casa cedo e volta no come?o da tarde e distribui santinhos e ora?es da padroeira, sempre com a carteira de identidade da mulher no meio.


Proximidade com a padroeira
Nessa ?poca do ano, tamb?m aumenta o movimento para a cidade de Aparecida do Norte, no estado de S?o Paulo, local onde fica a Bas?lica de Aparecida, templo da f? e da esperan?a na cidade da padroeira do Brasil.

Aproximadamente 200 mil peregrinos s?o esperados no local na pr?xima quinta-feira. Juiz de Fora vai fazer a sua parte. Muita gente j? foi ou est? de malas prontas para fazer seu agradecimento ou pedido na cidade da santa.

A via??o respons?vel pelo tr?nsito Juiz de Fora/Aprecida diz que a procura por passagens ? sempre muito grande, nessa ?poca do ano, e que quem n?o reservou a sua com anteced?ncia, perdeu a possibilidade de chegar at? l?, pelo menos nos ?nibus convencionais.

As passagens acabaram na manh? desta quarta-feira, mesmo com os ?nibus extras que foram sendo requisitados pela empresa. Saem da cidade com destino ? cidade paulista, dois hor?rois extras nesta quarta e tr?s na quinta.

Empresas de viagens e turismo tamb?m lucram nessa ?poca do ano. Segundo informou Valtencir Luiz de Oliveira, dono de uma ag?ncia na cidade, e a procura por esse segmento tamb?m ? muito grande e os empres?rios "chegam a passar apertado" para conseguir atender toda a demanda.


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