Gastos com bota-fora da Barreira do Triunfo devem ser apresentados na próxima semana

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Quarta-feira, 30 de junho de 2010, atualizada às 19h50

Gastos com bota-fora da Barreira do Triunfo devem ser apresentados na próxima semana

Aline Furtado
Repórter

Prevista para ser realizada nesta quarta-feira, 30 de junho, a audiência proposta pelo Ministério Público (MP), na qual seriam ouvidos os secretários de Atividades Urbanas (SAU), Sueli Reis, e de Obras (SO), Jefferson Rodrigues Júnior, a respeito do bota-fora que funcionava, até o início deste mês, no bairro Barreira do Triunfo, não aconteceu.

Na reunião, os representantes da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) deveriam apresentar a planilha de gastos referente aos sete meses em que o bota-fora esteve em funcionamento. De acordo com o promotor do Meio Ambiente e Urbanismo, Júlio César da Silva, a intenção é impetrar uma ação civil pública por improbidade e gastos com o erário público, além de uma ação penal de crime contra o meio ambiente.

"Devemos cobrar da Prefeitura, dos donos das caçambas e do proprietário do terreno todos os gastos e a indenização pelos danos ambientais causados e já comprovados por órgãos como o IEF [Instituto Estadual de Florestas] e a Feam [Fundação Estadual de Meio Ambiente]", declara o promotor.

O encontro deverá ser agendado para a próxima semana. "Eles foram intimados, mas não vieram. Na última terça-feira, dia 29, recebi um ofício da secretária explicando que estaria impossibilitada de comparecer. Precisamos remarcar com urgência porque se trata de uma questão emergencial e os esclarecimentos são fundamentais para que seja dada continuidade aos trabalhos." A assessoria da PJF informa que o fato de os secretários não terem comparecido ao encontro com a promotoria já estava acordado, conforme informação transmitida pessoalmente e por meio de ofício ao promotor.

O bota-fora foi interditado, pela segunda vez, no último dia 7 de junho, pela promotoria de Meio Ambiente e Urbanismo e a Polícia Militar de Meio Ambiente. A alegação é de que o terreno recebia vários tipos de detritos e não só materiais de construção, como previsto.