Movimentos grevistas buscam negocia??o Banc?rios e funcion?rios do Dnit continuam parados, enquanto servidores dos Correios e m?dicos do SUS tra?am os pr?ximos passos

Priscila Magalh?es
Rep?rter
Madalena Fernandes
Revis?o
16/10/2008

Os servidores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) est?o parados h? 11 dias e n?o h? previs?o de volta ao trabalho. At? esta quinta-feira, 16 de outubro, nenhuma negocia??o havia sido realizada.

Segundo o servidor p?blico federal do Dnit Evandro Fonseca, na regi?o de Juiz de Fora somente obras de manuten??o est?o sendo realizadas nas rodovias. A regi?o fica prejudicada no que diz respeito ao religamento das balan?as para pesagem de caminh?es. O equipamento existente voltaria a funcionar em car?ter educativo na pr?xima ter?a, 21. Entretanto, n?o haver? pessoal para isso. No dia 21 de novembro, elas passariam a operar em car?ter punitivo. "At? l?, n?o sabemos o que vai acontecer. Nosso movimento ? indeterminado".

Na unidade de Juiz de Fora s?o 14 funcion?rios. Em Minas, o n?mero ? de 250 e em todo o pa?s, 2.800. "Podemos dizer que 99% dos funcion?rios est?o parados". Um dos maiores problemas enfrentados pelo Dnit, segundo Fonseca, ? a falta de pessoal. "Precisamos de, no m?nimo, o dobro de funcion?rios para executar os servi?os nas rodovias. Somos um pa?s com uma malha rodovi?ria grande e trabalhamos em condi?es muito ruins".

Entre as principais reivindica?es est?o a equipara??o com o sal?rio pago aos funcion?rios da Ag?ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a abertura de concursos j? autorizados e melhores condi?es de trabalho. Fonseca confirma que as obras realizadas nas rodovias podem parar por falta de pagamento. "S?o empreiteiras pequenas e n?o t?m fluxo de caixa".

Popula??o ? pouco prejudicada com a greve dos bancos

Foto de m?dico A cliente de um banco, Nyna Vidal, n?o se sente prejudicada com a greve dos bancos, que j? dura seis dias, assim como muitos juizforanos. Segundo ela, todas as movimenta?es foram realizadas com tranq?ilidade. "Fiz dep?sito na semana passada e ele caiu na minha conta normalmente", explica.

Isso acontece porque todos os servi?os realizados pelos terminais eletr?nicos n?o est?o suspensos e as casas lot?ricas permanecem funcionando. Al?m disso, h? entre 30% e 40% de funcion?rios, entre banc?rios, gerentes e tesoureiros, trabalhando na cidade. "Escolhemos uma ?poca em que n?o h? muitos pagamentos a serem realizados", explica a secret?ria-geral do Sindicato dos Banc?rios Rose Machado. Entretanto, ela diz que quem precisar ir ao banco para atendimento pessoal vai precisar de paci?ncia.

O presidente do Sindicato dos Banc?rios, Marcos Louzada, diz que uma reuni?o est? acontecendo em S?o Paulo entre os banc?rios e a Federa??o Nacional dos Bancos (Fenaban) para negociar o fim da greve. Louzada informou que o encontro come?ou na manh? desta quinta, 16, e deve terminar no in?cio da noite. At? o fechamento desta nota, n?o havia retorno sobre a reuni?o. A categoria luta por reajuste salarial de 13,23%, participa??o nos lucros da empresa como no ano passado e fim das metas abusivas, dentre outras reivindica?es.

Cerca de 300 servidores do SUS paralisaram suas atividades

Foto de m?dico M?dicos e servidores p?blicos estaduais da ?rea de sa?de cedidos ? Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) paralisaram suas atividades na ?ltima quarta-feira, 15 de outubro. Segundo o secret?rio-geral do Sindicato dos M?dicos de Juiz de Fora, Geraldo Sette, a ades?o foi grande, j? que cerca de 300 profissionais, de um total de 335, cruzaram os bra?os.

Durante a paralisa??o, os funcion?rios municipais continuaram o atendimento ao p?blico, por isso as unidades de sa?de abriram as portas normalmente. Entretanto, Sette confessa que o atendimento ficou comprometido. "As consultas marcadas no PAM Marechal n?o aconteceram e foram remarcadas. Somente o Centro Especializado de Odontologia n?o funcionou".

Uma assembl?ia vai ocorrer na pr?xima quinta, 23, para reavaliar o movimento. Al?m disso, o Sindicato est? preparando uma lista com os nomes dos funcion?rios que querem voltar a servir o Estado. "Acreditamos que h? essa possibilidade, porque h? vagas no sistema estadual sendo ocupadas por contratados e terceirizados". Uma rodada de negocia?es j? havia acontecido com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest?o de Minas Gerais (Seplag), mas n?o houve avan?o. "Os encarregados eram despreparados".

A categoria quer conquistar o valor referente ? produtividade do setor, que corresponde a cerca de um sal?rio mensal. Este benef?cio ? pago aos funcion?rios que continuam prestando servi?os para o governo do Estado. O Sindicato tamb?m faz outras reivindica?es que v?o beneficiar todos os servidores estaduais: a conquista da progress?o por tempo de servi?o e o adicional de insalubridade.

Servidores dos Correios mant?m o estado de greve

Foto de m?dico A continua??o do estado de greve dos funcion?rios dos Correios foi decidida em assembl?ia nesta ter?a-feira, 14 de outubro. Isso significa que, a qualquer momento, os servidores podem paralisar as atividades. Tudo depende da implanta??o do Plano de Cargos, Carreira e Sal?rios (PCCS) pelo Governo Federal, at? o pr?ximo dia 30. "Se n?o implantar, vamos ter que pressionar", diz o diretor de rela??o sindical do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora, Reginaldo de Freitas.

A luta pela campanha salarial j? terminou. A proposta dos Correios foi aceita pela metade dos 34 sindicatos da federa??o. Entretanto, Freitas diz que a categoria da cidade n?o aceitou. Os funcion?rios pediram piso salarial de R$ 1.190, aumento salarial de R$ 200, licen?a maternidade de seis meses e lutaram contra a terceiriza??o. "Conseguimos um aumento de 7,37%, que tamb?m vai ser acrescido no piso que, atualmente, ? de R$ 603".

Segundo Freitas, 1.023 trabalhadores, de 123 cidades da regi?o, comp?em a base do Sindicato da cidade. S? em Juiz de Fora s?o cerca de 450 servidores. Atualmente, nenhum servi?o est? parado.

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