Quarta-feira, 27 de outubro de 2010, atualizada às 18h36

Arrombamentos a escolas juizforanas sobem 73% em 2010

Clecius Campos
Repórter

O número de arrombamentos a escolas públicas e privadas em Juiz de Fora subiu 73% em 2010. De acordo com levantamento da Polícia Militar (PM), foram registrados 76 crimes do tipo entre janeiro e setembro deste ano. No mesmo período de 2009, foram 44 ocorrências. Em números brutos, as escolas públicas continuam sendo os alvos mais procurados por bandidos. Sessenta e quatro escolas públicas foram arrombadas de janeiro a setembro de 2010, o que corresponde ao aumento de 64%. Em 2009, foram 39 ocorrências contra as instituições públicas de ensino. O número de crimes do tipo nos oito primeiros meses deste ano já é superior ao registrado em todo o ano de 2009: 52.

Em escolas particulares, o aumento foi de 140% no número de ocorrências. De janeiro a setembro de 2009 foram registradas cinco ocorrências na rede particular. A cidade chegou a registrar apenas um crime do tipo no primeiro semestre de 2009. Em todo o ano, foram 11. Só nos oito primeiros meses de 2010, 12 arrombamentos a escolas particulares foram denunciados à PM.

Escolas municipais investem em segurança

As escolas municipais investem em sistemas de segurança para driblar a ação dos bandidos. A licitação a ser aberta no próximo dia 4 de novembro irá garantir que 18 escolas recebam sistemas de segurança, contendo alarmes, sensores de movimento e sirenes. De acordo com a diretora da Escola Municipal Camilo Guedes, Rosimar de Cássia Oliveira, o sistema dará mais tranquilidade à instituição, que ainda não conta com os equipamentos. "De forma geral, a situação é tranquila aqui, já que estamos na Zona Rural, em Valadares, mas é sempre bom ter um pouco mais de segurança." Segundo Rosimar, atualmente, a escola é fechada por um muro, um portão de ferro, além das portas reforçadas e das grades em todas as janelas. "A comunidade também ajuda a vigiar e avisa se perceber algo estranho. A escola está crescendo, recebendo uma sala de multimeios, que pode ser um atrativo para criminosos."

A diretora da Escola Municipal Amélia Pires, Sônia Maria de Souza, diz estar satisfeita com o sistema de alarmes e câmeras que monitoram a instituição. "As imagens são monitoradas durante 24 horas pela empresa de segurança. Da minha sala consigo também ver a movimentação no portão e em alguns corredores. O sistema de segurança funciona bem, inclusive quando falta energia. Creio que estamos bem protegidos." Segundo ela, o interesse da comunidade em inibir a ação de criminosos e vândalos também ajuda na segurança. "A maioria dos vizinhos são alunos ou ex-alunos que tem carinho pela escola. Desde que estou aqui [Sônia é diretora da escola desde 2002], o alarme já soou duas vezes, mas por conta de algum animal ou algo assim. Nas duas ocasiões, a comunidade ligou, avisando. Estamos bem cuidados."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken


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