Prefeitura de JF anuncia o início das obras viárias em 60 dias

Edital para escolha de empresa para execução do projeto de engenharia foi publicado nesta quinta-feira, após DNIT aprovar o projeto

Thiago Stephan
Repórter
19/4/2012
Custódio Mattos

As obras viárias anunciadas no programa de governo do prefeito Custódio Mattos (PSDB) devem começar a sair do papel dentro de 60 dias. Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 19 de abril, ele anunciou a publicação do edital para a escolha da empresa que vai realizar as intervenções no trânsito de Juiz de Fora. "O edital foi publicado hoje [19]. O prazo é de 30 dias para apresentação das propostas. Não havendo questionamentos, daqui a 30 dias, serão abertos os envelopes. Depois, são mais dez dias de prazo para recursos e outros dez dias para assinar contrato. Se tudo transcorrer normalmente, dentro de 60 dias começaremos as obras", afirma. O prazo para a realização de todo o projeto é de 720 dias. Trinta e cinco composições cortam Juiz de Fora, em média, todos os dias, interrompendo o trânsito da cidade em mais de duas horas.

Para a execução, serão utilizados cerca de R$ 81 milhões, sendo R$ 65 milhões oriundos do Ministério do Transporte, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e R$ 16 milhões em recursos do governo do Estado, que servirão como contrapartida do município, responsável pelas desapropriações para a realização das obras.

Na última terça-feira, 17, o DNIT publicou no Diário Oficial da União termo aditivo, alterando o valor previsto para "Eliminação dos Conflitos Rodoferroviários no Município de Juiz de Fora" em 3,35%, passando de R$ 78 milhões para R$ 81 milhões o convênio firmado com a Prefeitura de Juiz de Fora. "Anteontem, a diretoria executiva do DNIT aprovou os termos finais do projeto, publicando no Diário Oficial o termo aditivo", explica Custódio. Os recursos serão disponibilizados em três exercícios fiscais. Cerca de R$ 10 milhões estariam garantidos para 2012.

Custódio Mattos revela que assumiu um risco ao apostar nos recursos federais para a realização das obras. "Tomei uma decisão de risco. Tínhamos R$ 60 milhões do Estado que poderiam ser utilizados nessas obras, mas que também poderiam ser utilizadas em outras intervenções, dada a afinidade com o governo do Estado, enquanto os recursos federais deveriam ser utilizados exclusivamente nos projetos apresentados. Fizemos uma renegociação com o governo estadual para utilizar os recursos disponíveis em intervenções como as das avenidas Rio Branco e Itamar Franco, guardando R$ 16 milhões para a contrapartida exigida pelo governo federal", explicou Custódio, que disse estar aliviado ao saber que os recursos federais serão liberados pelo DNIT. "Com base na informação de que havia interesse federal nas obras e precedentes em outras cidades do Brasil, convidei diretores do DNIT para que confirmassem pessoalmente a importância das intervenções de forma que conseguíssemos o financiamento federal."

O início das obras deve anteceder em pouco mais de três meses as eleições municipais. Perguntado se as intervenções ficariam ameaçadas em caso de derrota nas urnas, Custódio disse não acreditar nesta possibilidade. "O Brasil mudou muito. Acho que o que está em jogo é a qualidade do projeto, que é ótimo e de interesse público. Não tenho dúvida nenhuma [da continuidade das obras] se for um candidato sério. Acho que não haverá nenhuma razão para contratempos."

Intervenções

Trincheira Trincheira da Benjamin

O chefe do Executivo revelou que os projetos serão realizados paulatinamente. A primeira intervenção prevista será a trincheira da avenida Francisco Bernardino (acima, à esquerda), que passará por baixo da linha férrea, emergindo em frente a Praça dos Poderes. Paralelamente, será construída ponte sobre o Rio Paraibuna, em frente ao Terreirão do Samba. Posteriormente, a previsão é que seja construído outro mergulhão, na passagem de nível da rua Benjamin Constant (acima, à direita). O projeto prevê um sistema binário, com a rua Benjamin Constant com fluxo em mão única no sentido do Centro da cidade.

Em seguida, a expectativa será de construção do Conjunto Poço Rico, onde terá início o sistema binário da avenida Brasil (mão única em cada lado do Rio Paraibuna). O projeto prevê uma ponte em frente ao clube Tupynambás e um viaduto sobre a linha férrea, ligando a região à rua Osório de Almeida por meio da rua Cláudio Martins.

As obras viárias também contemplam um viaduto na rua Mariano Procópio, próximo ao mergulhão da avenida Rio Branco, a fim de aliviar o tráfego na avenida dos Andradas e aumentar o fluxo na via, atualmente subaproveitada. O Conjunto Mariano Procópio conta ainda com a construção de uma ponte em frente à rua Antônio Lagrota, que funcionará em sistema binário com a ponte da rua Setembrino de Carvalho, servindo de opção na avenida Brasil.

Na Zona Norte, o bairro Barbosa Lage tem a previsão de receber um viaduto sobre a passagem de nível, de forma que os veículos acessem diretamente o interior do bairro, funcionando como ligação entre a avenida Juscelino Kubitschek e o Acesso Norte. A região ganharia ainda uma ponte sobre o Rio Paraibuna.

Por fim, o projeto da atual administração inclui uma rampa no Viaduto Augusto Franco, de forma que os veículos que transitem no sentido do Centro da cidade possam acessar a avenida Francisco Bernardino, o que aliviaria o fluxo nas avenidas Getúlio Vargas e Presidente Itamar Franco.

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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