Estudantes voltam às ruas para protestar contra aumento da passagem de ônibus
*Colaboração
Munidos de cartazes, faixas, apitos e caixas de som, cerca de 60 pessoas reuniram-se, mais uma vez, no Centro de Juiz de Fora, para manifestar contra o aumento do preço do transporte coletivo urbano, nesta sexta-feira, 13 de julho. Entre estudantes e representantes de partidos políticos de Juiz de Fora, o tom de insatisfação refere-se ao reajuste de 5,1% no valor da tarifa, que passa de R$ 1,95 para R$ 2,05 a partir deste sábado, 14.
O protesto teve início por volta das 13h no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal. De lá, os jovens seguiram pela avenida Rio Branco (sentido Bom Pastor/Manoel Honório), desceram pela rua Floriano Peixoto e continuaram pela avenida Getúlio Vargas, seguindo até a sede da Astransp, na rua Espírito Santo, onde exigiram o fim da mudança da tarifa. Os estudantes chegaram a pichar a fachada do local, além de bloquearem o acesso e a saída da sede. Durante todo o trajeto, a Polícia Militar (PM) acompanhou os manifestantes, e um longo engarrafamento de veículos foi formado. Uma estudante de 13 anos foi atingida por uma moto que furou o bloqueio policial, na esquina da rua Floriano Peixoto com a avenida Getúlio Vargas. A jovem não ficou ferida.
Na noite da última quinta-feira, 12 de julho, outro protesto, com o mesmo intuito, também parou a avenida Rio Branco. Com as mesmas reivindicações, estudantes percorreram as ruas chamando a atenção da população a respeito dos métodos adotados como base para o aumento da passagem. De acordo com os representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a revolta está baseada na planilha apresentada pelo Secretaria de Transporte Urbano (Settra), aprovada pelo Conselho Municipal de Transportes (CMT) no dia 27 de junho.
- Estudantes param a avenida Rio Branco contra o aumento da passagem
- Passagem de ônibus custará R$ 2,05 a partir do próximo sábado
Ministério Público questiona a planilha
Na quarta-feira, 11, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma ação contra a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em razão do aumento da passagem. Analistas do MPMG deram parecer técnico concluindo que não haveria necessidade do reajuste pretendido, devendo ser revista a metodologia utilizada pela Settra para o cálculo da tarifa.
De acordo com a assessoria do órgão, com a ação, o MPMG busca a manutenção do atual valor de R$ 1,95 e que o Município contrate uma empresa especializada para elaborar a metodologia de cálculo tarifário do transporte coletivo urbano, necessário para a comprovação da pretensão do reajuste. O prazo para que a Prefeitura preste esclarecimentos à Justiça termina na próxima segunda-feira, 16. Enquanto isso, o preço de R$ 2,05 começa a vigorar a partir do sábado, 14.
*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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