Entidades de JF se mobilizam para o Dia Nacional de Lutas

Ao todo, cerca de 50 organizações devem participar de várias manifestações, como panfletagem e passeata

Andréa Moreira
Repórter
10/07/2013
Coletiva

Cerca de 50 entidades de Juiz de Fora como sindicatos, ONGs e associações de bairro devem participar do Dia Nacional de Lutas (Greve Geral), nesta quinta-feira, 11 de julho. "Esta data irá marcar a entrada organizada destas entidades nas manifestações, promovida principalmente por estudantes, que aconteceram recentemente no país," afirma Oleg Abramov, diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) municipal. A coordenadora do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), Aparecida de Oliveira Pinto, também avalia a data como histórica. "Este 11 de julho marca a unificação da classe trabalhadora, em torno de pautas importantes para todas as categorias do país."

O evento que acontece simultaneamente em diversas cidades do Brasil, tem como pauta a reforma política e realização de plebiscito popular; democratização dos meios de comunicação; fim do fator previdenciário; repasse de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e para a saúde; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários; valorização das aposentadorias; transporte público de qualidade; reforma agrária; suspensão dos leilões do petróleo; reforma urbana e veto ao Projeto de Lei (PL)  4330, conhecido como Projeto das Terceirizações. Juntamente a estes pedidos, os organizadores do movimento em Juiz de Fora também irão abordar temas específicos do município, que envolve a saúde, educação e transporte. "Também queremos a reestruturação Departamento de Saúde do Trabalhador (DSAT), que está em condições precárias; a conclusão das obras do Hospital Regional; melhoria da educação, principalmente em relação a implantação do piso salarial; e redução imediata da passagem de ônibus urbano."

Em Juiz de Fora, haverá um ato unificado na Câmara Municipal, a partir das 13h. Depois os manifestantes irão acompanhar a Audiência Pública que irá tratar sobre o transporte coletivo da cidade. Em seguida, as pessoas irão sair em passeata até o prédio da Prefeitura de Juiz de Fora.

Adesão

O diretor da CUT no município afirma que boa parte dos sindicatos aderiram ao movimento. Entre eles, está o Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região. "Na parte da manhã iremos paralisar todas as funções, lembrando que alguns setores, como as caldeiras, não podem paralisar. Já na parte da tarde, faremos um revezamento com os trabalhadores, para que eles participem das manifestações que acontecerão no Centro da cidade. Ao todo, cerca de 3.500 trabalhadores irão parar suas funções," explica João César da Silva, presidente da entidade.

Já o Sindicato dos Bancários, afirma que todas as agências da rua Halfeld estarão fechadas nesta quinta-feira e a entidade ainda está em negociação para que todas as agências da avenida Rio Branco, também não abram as portas.

Apesar do período de férias, o Sinpro convocou todos os trabalhadores para participarem da manifestação. O Sindicato dos Servidores Públicos, além de participar do protesto, também irão realizar panfletagem com foco nos servidores da área da Saúde. Já o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro) afirma que não irá paralisar por completo as atividades, pois está ação impediria que as pessoas chegassem ao Centro da cidade para participar das manifestações. Porém, pequenas paralisações serão realizadas ao longo dia. Outros sindicatos como, do setor têxtil, de telecomunicações, da saúde, Correios e construção civil também aderiram ao Dia Nacional de Lutas.

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