Associação Vida Protegida acolhe animais abandonados em Juiz de Fora
Repórter
Dedicar-se à tutela de animais abandonados pode exigir tempo, esforço e recursos os quais as pessoas normalmente evitam comprometer. Mas a proposta da Associação Vida Protegida é lutar contra este cenário e resgatar animais abandonados nas ruas, proporcionando o cuidado e direcionando à adoção. Fundada há pouco mais de um ano, a associação abriga hoje 35 cães, sendo três deles em processo de tratamento em hospital especializado.
De acordo com uma das precursoras do projeto, a professora universitária Jussara Araújo, o projeto se consolidou a partir da união de protetores independentes. "A gente resolveu montar a ONG para facilitar o trabalho. Os casos foram aparecendo e são muitos. Juiz de Fora tem um número muito grande de animais abandonados", diz.
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A proposta do grupo não se trata apenas de recolher os animais vulneráveis à infecções ou vítimas de crueldades e atropelamentos, mas também a proporcionar um lar assim que eles passem pelos cuidados essenciais. "Os casos são complicados, temos cachorros atropelados, machucados, infeccionados e muitos filhotes abandonados na rua. Temo suma página no Facebook, para que as pessoas possam ajudar." Conheça o site e a página no Facebook da associação.
Dificuldades
Jussara afirma que uma das dificuldades do projeto hoje é a falta de recursos para proporcionar os cuidados aos animais. "A gente investe do nosso bolso. Temos cerca de 145 pessoas na ONG, algumas sem condições, que ajudam com lar temporário ou um saco de ração, e mais ou menos a metade ajuda financeiramente. Alguns cães têm madrinhas, mas as pessoas também podem fazer doações mensais, a partir de R$ 10 e R$ 20 por mês, doando sacos de ração, ou também apadrinhando um cachorro. É difícil sobrar dinheiro para a compra de um terreno e a construção de um espaço para abrigar os cães. Infelizmente o poder público não ajuda", afirma.
Os animais são abrigados em um hotelzinho próprio para animais. Segundo Jussara, o custo mensal do abrigo de cada animal é de R$ 350. Dos animais abrigados pela ONG até o momento, três estão internados em um hospital especializado, após terem sido vítima de maus tratados. "Temos uma dívida com este hospital que chega a R$ 3 mil, conseguimos pagar uma parcela agora", revela.
Uma maneira de colaborar com o trabalho da ONG que a professora faz questão de destacar é solidariedade das pessoas em divulgar as imagens publicadas na página da entidade. "Temos um grande número de compartilhamentos, assim as pessoas nos ajudam a encontrar os donos dos animais abandonados ou conseguir um novo lar."
Feira de adoção
A proposta da organização é realizar em breve mais uma feira adoção na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Jussara afirma que a associação aguarda o retorno dos técnicos às atividades para que seja agendada uma data. "Falta apenas a liberação do espaço e de tendas para a realização da feira. Nós realizamos de duas a três feiras por ano e esperamos realizar uma em breve", conta.
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