Servidores municipais protestam nas ruas de Juiz de Fora

A passeata começou no início desta quarta-feira na Praça da Estação, e reuniu funcionários das unidades de saúde, engenheiros, médicos arquitetos, professores e da Cesama 

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1/06/2016

Cerca de 1.500 servidores municipais manifestaram em forma de passeata com cartazes, apitos, buzinas e carros de som pelas ruas de Juiz de Fora, conforme estimativa dos organizadores. O ato, que começou às 8h desta quarta-feira, 1° de junho, na Praça da Estação, com assembleia geral do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu-JF), teve representantes das unidades de saúde, engenheiros, arquitetos, médicos, professores e funcionários da Cesama. A Polícia Militar estimou um total de 400 manifestantes. A passeata passou pela avenida Francisco Bernardino, rua Fonseca Hermes, avenida Getúlio Vargas, Rio Branco e terminou na Câmara Municipal.

Segundo o secretário de Finanças do Sindicato dos Professores Municipais (Sinpro-JF), José Roberto Abou Kalam, a paralisação é de todos servidores municipais "em função de um golpe que o prefeito está dando ao interpretar a Lei Eleitoral de forma equivocada. A lei existe desde 1997, e este é o único prefeito que está fazendo esta interpretação, quanto ao impedimento para dar o reajuste aos servidores. Várias prefeituras estão dando os aumentos. Todo índice de inflação que beira 10% vai virar pó. Todos os servidores estão convictos se ele não retroagir e não repassar o índice para as bases, vamos deflagrar greve”, afirma.

Conforme o presidente do Sinserpu-JF, Amarildo Romanazzi, está agendada uma nova reunião com a Administração na quinta-feira, 2, às 16h30. "Depois do êxito desta paralisação esperamos uma evolução na reunião de amanhã. Mas, caso não consigamos um acordo, vamos voltar a manifestar", diz o presidente. Ele complementa que o Sinserpu-JF fará nova assembleia na próxima terça, 7, e se não houver avanço, os servidores vão entrar em indicativo de greve. No dia haverá nova passeata com paralisação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Água de Juiz de Fora (Sinágua), Edinaldo Ladeira, destaca que não foi possível chegar, até o momento, em um consenso na data base dos funcionários públicos, que é 1º de março.

“A Prefeitura não respeitou a data e enquanto não respeitarem, vamos continuar paralisando. Nós temos uma audiência nesta tarde com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. Não está difícil de fechar, mas falta disposição da prefeitura para arcar com a data base. Ela não é 1º de junho, é 1º de março. O TSE já deu uma decisão favorável para gente e eles querem buscar outra. Não sei o que eles tão querendo com isso”, destaca.

Resposta PJF

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informa que em relação ao período de recomposição salarial do funcionalismo, a Administração seguirá o que for determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para a concessão do reajuste. Uma das consequências de um suposto descumprimento da lei é tornar o aumento nulo. Desta forma, foi feita a consulta formal à Justiça Eleitoral, para que não reste qualquer dúvida sobre o pagamento que pudesse prejudicar os funcionários. A resposta oficial sobre a consulta está sendo aguardada.

Desta forma, a Prefeitura ressalta que pretende aplicar o maior índice possível autorizado pela legislação, dentro dos seus limites financeiros. É a mesma responsabilidade que - ainda que diante de uma das maiores crises econômicas da história do Brasil - fez com que a Prefeitura de Juiz de Fora garantisse os salários dos servidores rigorosamente em dia desde o início do atual Governo.

O Executivo informa ainda que nesta terça, 31, foi quitado o pagamento referente ao mês de maio e que os serviços prestados à população estão ocorrendo normalmente nesta quarta.

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