Sindicatos e organizações se unem contra a Reforma da Previdência em JF
Em adesão ao movimento nacional contra a PEC 287/16, grupos manifestaram pela manhã e a tarde, quando saíram em passeata pelas ruas de Juiz de Fora
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19/02/2018
Representantes de sindicatos, grupos sociais e organizações civis aderiram ao movimento nacional contra a Reforma da Previdência na tarde desta segunda-feira, 19 de fevereiro, na Praça da Estação, Centro de Juiz de Fora. Mesmo com chuva, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas com carro de som, bandeiras e faixas. Pela manhã, outra manifestação organizada pela Frente Brasil Popular e a Central Única dos Trabalhadores - regional Zona da Mata reuniu sindicatos e organizações para protestar contra a proposta de emenda à Constituição PEC 287/16.
O ato marca a volta das definições dos sindicatos acerca do cenário político do país. Até semana que vem estão agendadas assembleias dos trabalhadores, o que pode resultar em paralisações e até mesmo greve. No manifesto da tarde, organizado pelo Fórum Sindical e Popular de Juiz de Fora, estiveram presentes Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais (Sintufejuf), Associação de Docentes de Ensino Superior (Apes-JF), Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal (SintraeMG), entre outros.
O presidente do Sinserpu, Amarildo Romanazzi, que também esteve no ato da parte da manhã, diz que é totalmente contra a reforma e esteve presente nos dois atos para reforças o posicionamento do sindicato. "A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) prova que não existe necessidade que haja esta reforma. Se as grandes empresas devedoras pagarem a previdência, vai sobrar dinheiro . Não podemos deixar que eles joguem esta dívida nas costas dos trabalhadores", destaca.
Além do apoio pelo arquivamento da PEC, o Sind-UTE também esteve na manifestação em luta por outras pautas. A coordenadora da subsede, Victória Mello, diz que é possível que os professores estaduais deflagrem greve no próximo dia 28. "Estamos fazendo assembleias nas regionais, e aqui a nossa conversa foi hoje. Chegando a conclusão que é necessária esta greve, pois estamos sofrendo ataques desde inicio do ano passado, com atraso dos salários pelo Governo Pimentel, parcelando do 13°. Eles não estão pagando direitos do plano de carreira, os servidores com consignados em contra-cheque estão sendo processados pelas credoras, já que o Governos não está repassando os valores descontados. Adiou início ano letivo, criou um prejuízo para a categoria e comunidade. Assim, 130 mil trabalhadores ficarão sem receber metade do mês de abril", destaca.
Votação
A votação da reforma da Previdência estava prevista para esta semana, mas com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, o Congresso não pode votar nenhuma alteração na Constituição.Por se tratar de emenda à Constituição, o texto exige ao menos 308 votos, de um total de 513 deputados.
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