O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, divulgou, nesta terça-feira, 15 de dezembro, uma mensagem ao povo de Deus por ocasião do Natal e do Ano Novo. No comunicado, o prelado aponta a postura a ser tomada pelos sacerdotes de nossa Igreja Particular com a proximidade das datas festivas e após os 15 dias de suspensão das celebrações presenciais.
No início do texto, Dom Gil recorda a importância das solenidades que a Igreja celebrará daqui a alguns dias. “O Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo constitui a segunda maior celebração litúrgica do ano para os cristãos, sendo a primeira a Páscoa da Ressurreição. Nada e ninguém pode diminuir seu significado e sua importância para aqueles que têm fé e amam a Cristo”.
O Arcebispo de Juiz de Fora ainda demonstra sua gratidão aos padres diocesanos, que fizeram sacrifícios, inclusive financeiros, durante a pandemia. “Ao final deste ano, constatamos que nós tivemos que renunciar a muitas coisas e o fizemos com coragem, desapego e boa vontade, depositando muita confiança em Deus, movidos pelo sentimento de solidariedade e amor cristão. O bonito acolhimento das medidas restritivas na remuneração, sendo diminuído, temporariamente, o valor da côngrua dos padres e dos bispos, se eleva ao céu como oferta agradável ao Senhor, à maneira dos presentes ofertados pelos Santos Reis Magos”. Dom Gil também pontua as medidas tomadas pelas paróquias a fim de evitar o contágio com o novo coronavírus e recorda a figura de Monsenhor Miguel Falabella de Castro, vítima fatal da Covid-19.
Por fim, considerando fatores externos aos religiosos - como o agravamento da situação pandêmica por conta dos excessos cometidos durante a campanha eleitoral e as restrições impostas às igrejas pelos comitês municipais, em detrimento de favorecimentos para outros setores -, além da habitual preocupação da Igreja com a vida, a saúde e a dignidade humanas, o Arcebispo indica a conduta das paróquias para as festas que se seguem, a começar por 16 de dezembro.
Passados os 15 dias de suspensão das Missas presenciais, o bispo autoriza o retorno da participação do povo nas 37 cidades que compõem a Arquidiocese de Juiz de Fora, desde que observadas as orientações municipais. No caso de Juiz de Fora, os fiéis devem ocupar, no máximo, 20% do espaço físico das igrejas, e as celebrações se limitarão a 45 minutos.
Para o momento da distribuição da Comunhão Eucarística, além das medidas de proteção já tomadas, Dom Gil recomenda que os Ministros levem a Sagrada Espécie aonde os fiéis se encontrarem na igreja, para que eles não tenham que se deslocar até os locais de distribuição. Referindo-se aos padres, o prelado pede que sejam oferecidos, sobretudo no Natal e no primeiro dia do Ano Novo, vários horários de Missa, para que mais pessoas possam participar.
O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora ainda afirma que a caridade é uma das mais bonitas formas de se viver o Natal do Senhor e determina outro gesto concreto: que, à meia-noite de 24 para 25 de dezembro, as famílias acendam uma vela nas janelas de suas casas ou apartamentos e rezem um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai, terminando com uma invocação a São José. Além disso, ao meio-dia, no Natal e em 1° de janeiro, ele pede que sejam tocados, festivamente, os sinos das igrejas.
Recordando o desgaste vivenciado principalmente pelos profissionais da saúde, Dom Gil Antônio Moreira incentiva os católicos a não se dirigir a praças de alimentação, bares ou outros ambientes similares para comemorar as festas de fim de ano. “Conclamamos a todos que se limitem a participar, cuidadosa e piedosamente na Santa Liturgia, seja nas igrejas, respeitado o número limite, ou em casa com sua família, através das transmissões pelas redes sociais”, exorta.
Ao final da mensagem, o bispo deixa seus votos de Boas Festas, recordando uma palavra do Santo Padre, o Papa Francisco. “Colho a ocasião para enviar aos caríssimos Padres, Diáconos, Religiosos, Religiosas e a todo o Povo de Deus, os meus mais expressivos votos de Boas Festas, com muita saúde e muita paz, sempre iluminados pela Luz que vem do céu. Que Nosso Bom Deus nos presenteie com vacina eficaz, neste novo tempo que estamos para começar. Por fim, ofereço um pequeno pensamento do Papa Francisco, dito na Oração do Angelus do I Domingo do Advento: ‘O amor de Deus nos ilumina. Não existe pandemia e não há crise que apaguem a Luz que vem do alto’ (Papa Francisco, Angelus - 06.12.20)”.
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