Caetano Brasil concorre ao XVII Prêmio BDMG Instrumental

Músico juiz-forano foi um dos 12 compositores selecionados para a competição

Lucas Soares
Repórter
22/04/2017

Com apenas 22 anos de idade e sete de carreira musical, o juiz-forano Caetano Brasil (foto ao lado) já tem motivos para se orgulhar. O artista foi um dos 12 compositores selecionados em todo o Estado para o Prêmio BDMG Instrumental, voltado para compositores e arranjadores da música instrumental de Minas Gerais.

Caetano revela que já sabia do prêmio - conhecido nacionalmente. Na primeira vez que se inscreveu, foi classificado para a final. "O trabalho será julgado como um todo. É a minha performance como músico, compositor e arranjador, além do desenvolvimento com a banda. Enviamos duas músicas autorais inéditas através de um pseudônimo. A avaliação é feita de forma isenta, pois quem escuta os áudios, não sabe quem são as pessoas. E eu estou entre os selecionados para esta categoria", conta.

Nos dias 28, 29 e 30 de abril, Caetano irá subir ao palco do Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte, para se apresentar ao lado dos músicos que compõem o seu grupo: Rick Vargas (percussão), Adalberto Silva (contabaixo), Guilherme Veroneze (piano) e Gladston Vieira (bateria). "São os meus amigos, os caras que me acompanham já há algum tempo. O trabalho foi criado por mim, para poder tocar minhas composições, da maneira como eu mais acredito. Eu crio as músicas, com ideia do arranjo, eles dão o parecer e imprimem a marca na maneira de tocar. Eu levo a ideia formatada para que seja feita a execução da série", revela.

Para o concurso, Caetano se diz tranquilo quanto ao resultado. "Nós estamos juntos há três anos, os meninos conhecem a estética que eu propus e estão fundamentados na ideia de trabalho. A minha expectativa é a melhor possível. É a primeira vez que eu me inscrevo em um prêmio e estar na final é uma felicidade muito grande. A gente sabe que tem muita gente bacana no estado inteiro, que com certeza se inscreveu. Ter oportunidade de tocar num teatro, participar de um prêmio com uma relevância tão grande é muito bom. Óbvio que queremos ganhar, mas não vem na frente. Eu enxergo como mais uma oportunidade de fazer música autoral, instrumental. Isso é um luxo nas condições culturais que vivemos no país", pondera.

Carreira

Tocando profissionalmente desde os 15 anos, o músico conta que sempre teve paixão pela música. "Eu comecei a estudar música com dez anos e, a medida que isso foi entrando na minha vida, eu fui percebendo que não tinha dúvidas de que era isso que eu queria fazer. Ficava horas ouvindo, estudando... Quando fiquei sabendo que o Clube do Choro se reunia semanalmente, fui atrás para me informar. Lá eu comecei tocando com pessoas bem mais experientes do que eu e aprendi muito com eles. A minha relação com a música é tão intensa que nunca duvidei que poderia fazer outra coisa", revela.

Influenciado pelo choro e jazz, Caetano une as duas escolas em seu estilo musical. "Elas são muito fortes, sempre temperadas com músicas de outras regiões, como leste europeu e latina. Quando vou tocar em um ambiente de choro, sempre comentam que eu vim do jazz, mas o inverso também acontece".

Em 2015, Caetano Brasil lançou seu CD autoral homônimo que foi viabilizado com recursos da Lei Municipal Murilo Mendes. O trabalho apresenta composições de choro influenciadas pelo jazz, pela música folclórica oriental e por ritmos latinos. Seja pela diversidade de estilos musicais, presentes em diversos países, ou mesmo pela qualidade da interpretação dos músicos envolvidos, o que tem-se como resultado do trabalho é uma legítima obra musical contemporânea que segue a vertente mundialmente conhecida como worldmusic, referente ao intercâmbio de culturas na música.

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