Ter?a-feira, 08 de janeiro de 2008, atualizada ?s 17h03

AMA/JF opina sobre transposi??o do S?o Francisco. Ex?rcito retoma obras e discuss?es a respeito do projeto recome?am


Priscila Magalh?es
Rep?rter

Nesta segunda-feira, 07 de janeiro, o 2? Batalh?o de Constru??o e Engenharia do Ex?rcito retomou as obras de transposi??o do rio S?o Francisco. A retomada das obras contribuiu para que os ambientalistas e a Igreja tamb?m retomassem as discuss?es a respeito do projeto e preparassem manifesta?es.

O projeto consiste em transferir ?guas do rio para outros menores que possuem um d?ficit h?drico durante o per?odo de estiagem. O foco do projeto ? a regi?o Nordeste, Nordeste, principalmente Cear?, Para?ba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O investimento ? de cerca de R$ 4,5 bilh?es para a constru??o de mais de 600 quil?metros de canal.

Por?m, para a maioria dos ambientalistas, o projeto de transposi??o do governo n?o ? adequado. "O projeto est? longe de ser o que as ONGs querem que ele seja. H? a necessidade de um estudo sobre o impacto ambiental e isso ainda n?o foi feito", diz o presidente da Associa??o pelo Meio Ambiente de Juiz de Fora (AMA/JF), Theodoro Guerra.

Segundo ele, a transposi??o prop?e um tra?ado que passa por matas e vegeta??o t?pica de cada regi?o, o que pode provocar impacto no meio ambiente. Al?m disso, o projeto pode trazer conseq??ncias tr?gicas para a popula??o que vive pr?xima ao rio. "Ele vai afetar o cotidiano de quem vive da pesca e do transporte hidrovi?rio, pois a vas?o do rio vai diminuir", explica.

A transposi??o n?o seria a solu??o para o problema da seca no Nordeste. Theodoro diz que defende outras formas mais baratas. "O governo defende uma solu??o cara para problemas que n?o s?o t?o complexos. O pr?prio povo da Bahia tem um projeto de aproveitamento da ?gua subterr?nea, que n?o mexe com o fluxo h?drico do rio. O governo deveria incentivar essas a?es locais", completa Theodoro.