Em um mundo saturado de expectativas sobre o amor perfeito, a notícia da separação demonstra a importância de normalizar a realidade nas relações afetivas.
A recente notícia da separação de Sandy e Lucas Lima, um casal que desfrutou de 24 anos de união, trouxe à tona uma reflexão profunda sobre a realidade dos relacionamentos amorosos. Em um mundo saturado de expectativas sobre o amor perfeito, a notícia da separação demonstra a importância de normalizar a realidade nas relações afetivas. Afinal, nenhum relacionamento está imune aos altos e baixos da vida a dois.
Em 2016, quando os jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes anunciaram que não estavam mais juntos, a comoção popular foi parecida. E frequentemente, somos inundados por imagens idealizadas de casais felizes nas redes sociais, alimentando a ilusão de que o amor perfeito é uma meta alcançável.
No entanto, a vida real é muito mais complexa do que as fotos e legendas compartilhadas online. Nunca se deve esquecer que a grama do vizinho pode não ser tão verde quanto parece. E, que pode ser que você pode estar focando demais em algo que não merece tanto sua atenção. As redes sociais nos moldam o tempo todo.
É muito comum a gente se deparar com um atravessamento por aquela lógica de “ser par”, fazer “parzinho”, de descobrir a “metade da laranja”, a “tampa da panela”, a “alma gêmea”. No caso do casal de jornalistas, quanto no caso de Sandy e Lucas Lima, essa lógica é desafiada, nos lembrando que até mesmo casais que pareciam perfeitos enfrentam desafios.
Fato é que apesar de tentarem manter a vida privada protegida dos flashes e holofotes, Sandy e Lucas falaram dos reveses da vida a dois em uma das músicas de trabalho da cantora. Enquanto muitos fãs entoaram o hino “Me Espera” acreditando ser uma canção sobre o puerpério de Sandy, o casal divulgou na mídia, que a composição nasceu de um pedido de Lucas sobre um momento delicado em que viveu com a, então, amada.
"Me Espera" traz sobre desencontros, as fases difíceis de um relacionamento, lembrando da existência da esperança, resiliência, da possibilidade de fazer dar certo e ter sabedoria para esperar o furacão passar.
É vital destacar que normalizar a realidade nos relacionamentos não significa tolerar abusos ou relações tóxicas. Pelo contrário, implica reconhecer que todas as uniões, por mais fortes que pareçam, passam por momentos difíceis. Sandy e Lucas Lima, ao anunciarem sua separação de maneira amigável e respeitosa, demonstram que é possível encerrar uma parceria de forma madura, preservando o bem-estar de todos os envolvidos.
A incessante busca pelo amor perfeito pode gerar padrões irreais e expectativas impossíveis de serem atendidas. E a ideia de que de que se é amor é para sempre, se acabou é porque não era amor, cai por terra. Ao normalizar a realidade nos relacionamentos, abrimos espaço para uma visão mais realista e saudável do amor.
O exemplo de Sandy e Lucas Lima nos ensina que os obstáculos não devem ser temidos, mas sim enfrentados pelos dois, valorizando as qualidades um do outro e cultivando uma comunicação eficaz.
Por isso, desmistificar o mito do amor perfeito permite que nós, enquanto indivíduos, cresçamos pessoal e emocionalmente. Aceitar que todos os relacionamentos têm suas dificuldades nos ajuda a desenvolver resiliência e aprimorar nossas habilidades de comunicação. Mesmo após o fim de sua união, Sandy e Lucas Lima demonstram que é possível preservar o amor pela família que construíram juntos.
Dá pra ser de verdade
É fundamental lembrar que o amor perfeito é um sonho inalcançável. Ao normalizar a realidade nos relacionamentos, podemos construir vínculos mais autênticos, baseados em aceitação, compromisso e respeito mútuo.
Nossa saúde mental e emocional depende da compreensão de que, no fim das contas, o amor verdadeiro é aquele que nos torna mais humanos, capazes de aceitar e crescer com todas as facetas da experiência de amar e ser amado.
Nesse contexto, a psicoterapia desempenha um papel fundamental no auxílio às pessoas que enfrentam dificuldades em aceitar a realidade nos relacionamentos. Através do apoio de uma profissional qualificada, é possível explorar crenças distorcidas, aprender habilidades de comunicação saudáveis e desenvolver estratégias para lidar com as adversidades.
Valorizar a realidade nos relacionamentos e buscar ajuda terapêutica quando necessário é essencial para preservar a saúde mental. Ao reconhecer que o amor perfeito não existe, podemos cultivar relacionamentos mais autênticos e saudáveis, promovendo o bem-estar emocional tanto individualmente quanto em parceria.
Para mais orientações sobre autoestima, ansiedade, relacionamentos, saúde emocional e bem-estar mental, me siga no @telmaelisa.psi, e aqui nesta coluna todas às quintas-feiras.
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