SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A artista multimídia carioca Brígida Baltar morreu aos 62 anos em decorrência de uma leucemia, neste sábado, dia 8. A informação foi confirmada pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, da qual Baltar foi aluna e professora, nas redes sociais.
A artista foi considerada pioneira no conceito de escultura transitória no Brasil, trabalhando com elementos da natureza, como orvalho, neblina e maresia. Suas ações eram capturadas em fotografias e filmes curtos.
No começo de sua carreira, Baltar participou do grupo Visorama junto a artistas como Rosângela Rennó, Ricardo Basbaum, Eduardo Coimbra e Valeska Soares, entre 1988 e 1994.
Em entrevista concedida à revista Concinnitas, do Instituto de Artes da Uerj, ela disse que o grupo buscava criar ações artísticas sem formato definido ?"arte como existência. Arte como incorporação da própria cultura".
Na década de 1990, Baltar transformou sua casa no bairro do Botafogo, zona sul do Rio do Rio de Janeiro, em ateliê e espaço de experiências artísticas. Ali, ela colecionou materiais como água de goteiras ou a poeira dos tijolos de barro das paredes ?que posteriormente transformou em obras.
Baltar foi diagnosticada com leucemia em 2012. Ela se submeteu ao transplante de medula em 2015 e seu irmão, o acrobata Claudio, foi o doador. A partir desse processo, a artista desenvolveu uma série de obras, que se transformaram na mostra "Irmãos", exibida em 2016 na galeria Nara Roesler, no Rio.
A artista também expôs a instalação "Casa de Abelha" na 25ª Bienal de São Paulo, em 2002. Em 2019, sua obra foi tema de uma grande mostra de filmes no Espaço Cultural BNDES, no Rio, com 28 vídeos de sua autoria.
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