BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez, era conhecido por fiéis da Igreja Batista da Lagoinha, onde trabalhava, como "pastor anjo".
O ex-ator tinha formação como pastor, mas não ministrava cultos. Pádua atuava como conselheiro de integrantes do projeto Recomeço, da igreja, que acolhia ex-presidiários.
Segundo o pastor Marcio Valadão, fundador da igreja, Pádua cuidava de pessoas que ninguém queria cuidar. "Era responsável por oito casas", disse, em conversa com jornalistas, se referindo a locais onde o ex-ator prestava atendimento.
Valadão contou parte do que chamou de transformação de Pádua. "Quando estava na prisão, passou a conhecer Jesus. Ele experimentou a graça da salvação", afirmou o pastor.
"É o que Jesus Cristo disse. Se alguém não nasce de novo, não pode ver o Reino dos Céus. A lagarta virou borboleta", pregou Valadão.
O pastor também comentou sobre o crime do ex-ator e que, mesmo muito tempo depois do assassinato, existia pressão contra Pádua.
"Sempre vai haver pressão. Quando Deus perdoa, Deus esquece. Mas o ser humano não tem o botãozinho de delete, que aperta e desaparece. Só Deus pode esquecer. Ninguém consegue esquecer o que ele fez. A mãe da moça nunca vai esquecer, mas a Bíblia diz que todo pecado confessado, Deus lança no mar do esquecimento", citou o pastor.
Valadão disse que o ex-ator já havia demonstrado arrependimento pelo crime. "Totalmente arrependido. A vida dele parou ali" (quando cometeu o crime).
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