SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Durante o dia, uma porta de ferro esconde o que há no número 456 da rua Guarani, no Bom Retiro. Após as 15h, as grades são levantadas e exibem um corredor estreito e uma portinha ao lado esquerdo. Na fachada, pintada de preto, há apenas uma placa que diz Monster, em branco.
Para entrar, aperta-se uma campainha. Lá dentro, há um bar que vende bebidas e comidas típicas coreanas, um palco de karaokê e um terraço no segundo andar. O bairro na região central de São Paulo conta com outros lugares secretos. São bares, restaurantes e karaokês coreanos que são pouco conhecidos além da comunidade.
O visitante precisa tocar campainha, às vezes cruzar portas fechadas, subir ou descer escadas para ter acesso a esses locais. Em alguns casos, o endereço é indicado por uma placa com avisos em coreano mesmo. É essa a língua que predomina pelos salões. Mas há adaptações em português nos cardápios, para receber também os que não falam o idioma.
Veja dez desses lugares escondidos a seguir.
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ALDEIA DA PEDRA
Não se engane: o restaurante está sempre de portas fechadas, mas basta tocar a campainha para entrar. A especialidade são as carnes, temperadas no estilo coreano e feitas na grelha. Os cortes que mais saem são o ancho (R$ 190; 400 g) e a costela com molho apimentado (R$ 160; seis pedaços). Todas são servidas com cinco a seis banchans, nome dado aos acompanhamentos, como o kimchi, conserva de acelga apimentada.
R. Guarani, 374, Bom Retiro, região central, tel. (11) 3337-5066
CASA B
A hamburgueria funciona no segundo andar do Beni Café. É preciso subir um lance de escadas que dá acesso a um salão de decoração rústica. As carnes são preparadas na grelha à lenha e recheiam lanches como o bulgogui, que leva um hambúrguer de 150 g marinado no molho à base de alho e shoyu, mais muçarela, alface, tomate, cebola roxa e maionese da casa no pão brioche. Sai por R$ 47 no combo com batata frita e bebida.
R. Lubavitch, 83, Bom Retiro, região central, WhatsApp (11) 99610-0030, @casa_b
CASA BRANCA
O restaurante fica em uma travessa sem saída, decorado com vasos de plantas na entrada e uma placa em coreano. É preciso descer alguns degraus para chegar ao salão, onde são servidas receitas tradicionais. A sopa de joelho de boi (R$ 53) e o caldo de carne apimentado (R$ 53) são as especialidades. Todos os pratos do menu custam de R$ 50 a 60, incluindo os banchans. O local não aceita cartões, apenas dinheiro.
R. Dr. Clemente de Almeida Moura, 56, Bom Retiro, região central, tel. (11) 3228-0977
CHEERS
Um letreiro indica a entrada a um prédio que, por fora, não dá para saber do que se trata. No primeiro andar fica o bar e restaurante, com um salão espaçoso e menu de petiscos e pratos coreanos. As sugestões incluem panqueca de kimchi (R$ 45) e sopa de mariscos pretos (R$ 120). Também há receitas brasileiras, como a porção de dadinho de tapioca, por R$ 45.
R. Salvador Leme, 343, Bom Retiro, região central, tel. (11) 91104-3407, @cheersbarpub
HAN KANG
O visitante desce por um corredor e toca a campainha para atravessar o portão. Lá dentro, encontra um restaurante de ambiente familiar decorado com pôsteres de bebidas estampadas com o rosto de ídolos de k-pop, enquanto uma televisão exibe programas e novelas coreanas. No menu, há bibimbap (R$ 40), arroz com legumes e carne, e o samsyopsal (R$ 120), fatias de barriga de porco grelhadas na própria mesa.
R. Prates, 379, Bom Retiro, região central, tel. (11) 3313-2826, @hankang.restaurante
MONSTER
Um telão que exibe clipes de k-pop, sofás, um karaokê e placas de néon dão o tom do ambiente do bar. No segundo andar, há áreas mais privativas para grupos e um espaço a céu aberto. Entre os petiscos que fazem sucesso estão o toppoki (R$ 70), refogado de massa de arroz apimentada com queijo. Para beber, a dica é o soju, um destilado típico. Ele é servido nos sabores tradicional, por R$ 50 a garrafa, ou de frutas, por R$ 55.
R. Guarani, 465, Bom Retiro, região central, tel. (11) 91595-5588, @monster.465
NEXT BAR E KARAOKÊ
Após passar por uma entrada discreta, chega-se a um longo corredor com portas que guardam salas privativas de karaokê, as chamadas "noraebangs". Os espaços têm diferentes tamanhos e são equipados com sofás, mesas e banheiro. As reservas das salas custam de R$ 60 e R$ 100 a hora. Para acompanhar a cantoria, há bebidas e petiscos coreanos.
R. Salvador Leme, 278, Bom Retiro, região central, WhatsApp (11) 95696-6569
OGAME
O bar e restaurante fica em uma rua residencial, com portão em madeira, que também predomina na decoração. Basta tocar a campainha para alguém recebê-lo. A especialidade é o churrasco, preparado em grelhas a carvão nas mesas, como na Coreia do Sul. A costela é temperada à base de shoyu, alho, gengibre, óleo de gergelim e especiarias -a pimenta vem à parte. Custa R$ 85,90 em tamanho para dividir.
R. Lopes Trovão, 50, Bom Retiro, região central, WhatsApp (11) 94151-4667, @ogamekoreanbarbecue
SHE BAR
Uma porta de ferro esconde a verdadeira vocação do local: lá funciona um karaokê, aberto nas noites de quarta a domingo. É necessário fazer reserva para entrar. São nove salas privativas, equipadas com sofás, banheiro e máquinas importadas, com repertório que vai de hits nacionais ao k-pop. Elas têm tamanhos que comportam de dez a 50 pessoas e preços de R$ 80 a R$ 200 por hora. No menu, há comidas brasileiras e coreanas e bebidas.
R. João Kopke, 48, Bom Retiro, região central, WhatsApp (11) 98155-8764, @shebar_karaoke
TÔ TÔ
O restaurante trabalha a portas fechadas em uma rua residencial. Nos fundos da casa, ficam mesas separadas por divisórias de bambu. Quadros luminosos com propagandas de soju e luzinhas penduradas no teto compõem a decoração. O menu tem pratos como bulgogui (R$ 55), o churrasco coreano, gochujang jigae (R$ 48), um ensopado de pasta de pimenta com carne suína e verduras, e peixe seco grelhado (R$ 60).
R. Antônio Coruja, 154, Bom Retiro, região central, tel. (11) 2618-3753, @to_to154
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