RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os 40 anos de morte de Clara Nunes (1942-1983) serão lembrados com a maior exposição já realizada no país sobre a vida e a obra da intérprete mineira e ligada à Portela, que cantou a umbanda no Brasil. Idealizada por Vagner Fernandes, biógrafo da artista, a mostra será inaugurada no segundo semestre, no Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, em São Paulo.
Fernandes tentou levar a exposição para o Rio de Janeiro, sem sucesso. "Não conseguimos qualquer apoio por lá. Empresas e instâncias públicas nos viraram a cara, e São Paulo nos disse 'sim'". A direção executiva é de Robson Outeiro.
A mostra terá ambientes multissensoriais, fotos, objetos e indumentárias do acervo pessoal de Clara, que atualmente se encontram no memorial dedicado à cantora em sua cidade natal, Caetanópolis (MG). "A ideia é partirmos das forças da natureza, que remetem aos orixás, para contar a história de uma das mais importantes intérpretes do país", diz Fernandes, também a curador do evento.
A exposição integra o Programa de Exposições 2023 do museu e ocupará, logo após a reforma, o Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera.
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