SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O livro "E o Vento Levou", de 1936, terá novas edições publicadas com um alerta de gatilho sobre o retrato do racismo feito pela obra, segundo o jornal The Daily Telegraph.

A editora Macmillan, que publica o romance de Margaret Mitchell sob o selo Pan, tomou a decisão para contextualizar o leitor que possa considerar o conteúdo doloroso ou nocivo.

"E o Vento Levou" tem um enredo que se ambienta nos Estados Unidos do século 19, mais precisamente durante a Guerra Civil e a Reconstrução, período após o conflito no qual se deu o início da integração dos ex-escravos.

Diferente do que foi decidido a respeito das obras literárias de Agatha Christie, Ian Fleming e Roald Dahl, o romance de Mitchell não terá trechos reescritos ou apagados do texto original.

"E o Vento Levou" foi adaptado ao cinema e se tornou um clássico, vencendo o Oscar em oito categorias, incluindo melhor filme. O elenco conta com Vivien Leigh, Clark Gable, Hattie McDaniel e Olivia de Havilland, entre outros atores. A direção é de Victor Fleming.

Em 2020, a adaptação retornou ao catálogo do streaming HBO Max com um vídeo no qual é explicada ao espectador a abordagem estereotipada feita dos negros. O filme havia sido retirado da plataforma durante um período de protestos contra o racismo no país.


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