SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cantora francesa Isabelle Geffroy, conhecida como Zaz, retorna ao Brasil pela primeira vez em seis anos. No entanto, não se trata de apenas mais um show -a cantora de 42 anos, conhecida por performances elétricas e de visuais fascinantes, diz sentir falta do público brasileiro e da estrada.
Afinal, o disco de inéditas mais recente dela, "Isa", de 2021, representa uma travessia por um período de sentimentos em tumulto depois da exaustão provocada por anos seguidos de trabalho intenso -além do isolamento social exigido pela pandemia.
"Eu perdi a minha identidade, precisei reencontrar o meu lugar na minha vida pessoal", diz à reportagem em entrevista por videoconferência. "Passei por muita coisa que eu havia jogado debaixo do tapete."
Zaz, a figura pública que já vendeu globalmente mais de cinco milhões de álbuns, precisou ceder o lugar ao microfone a Isa, que também estava precisando cantar -mas agora está tudo em equilíbrio entre as duas. O público poderá testemunhar isso na sexta-feira (14) no Espaço Unimed, casa na zona oeste de São Paulo. Trata-se do único show da turnê "Organique" a ser realizado no Brasil.
"Quem já passou por isso vai se identificar e quem não passou talvez aprenda algo com o que eu transmito. Quero cuidar mais dos outros e não só de mim, quero colocar minhas ideias em prática", afirma.
A cantora e compositora é geralmente vista como uma das vozes que dão continuidade à tradição do cancioneiro francês que, a grosso modo, mistura jazz e acústico -no caso de Zaz, com uma sonoridade leve, lúdica e charmosa.
Em "Je veux", por exemplo, um dos maiores hits da artista, ela dispensa bens materiais e se afirma como uma romântica. "Eu quero o amor, a alegria, o bom humor/ Não é seu dinheiro que fará minha felicidade", ela canta com a voz rouca que se tornou uma marca registrada. "Eu quero morrer com emoção."
Além de "Je veux", os fãs podem esperar outras músicas de períodos anteriores, como "On Ira", "Éblouie par la Nuit" e "Que Vendre", além do repertório de "Isa", o quinto álbum da cantora.
Mas o conceito da turnê "Organique" é a atenção ao essencial, então o público talvez sinta falta de alguma faixa ou outra, ela avisa. A ideia partiu após o distanciamento social começar a se abrandar na França. Zaz voltou a fazer shows no país dando preferências a salas de teatro, sem firulas no palco, apenas o necessário para a música.
"Tenho um engenheiro [na equipe técnica] que é mágico e poeta, pois ele faz quadros de luzes que têm toda uma mágica, não precisamos de mais recursos", afirma.
A grande expectativa dela em relação ao show em São Paulo é a alegria da festa. "Depois de tanto tempo, meu público ainda está aqui", diz. A julgar pelas interações dos fãs brasileiros na página da cantora no Instagram, eles estão em sintonia com Zaz, pois frequentemente enviam a ela emojis de fogos de artifício e corações.
Embora esteja feliz por retornar para cá, ela diz que também está um pouco triste, pois fará apenas um show no país. Zaz conta ter boas lembranças da última passagem dela por aqui em 2017, sobretudo da apresentação no Rio de Janeiro.
Zaz especula um retorno ao Brasil em setembro deste ano para se apresentar em outra cidade. Por enquanto, a única certeza é a agenda da "Organique" confirmada na América Latina -a cantora vai embarcar, em seguida, para Montevidéu, Buenos Aires, Lima e México. As festas de Zaz não devem parar tão já.
ZAZ
Quando Sex. (14), às 22h
Onde Espaço Unimed - r. Tagipuru, 795, São Paulo
Preço A partir de R$ 160
Classificação 16 anos
Link: https://www.ticketsforfun.com.br
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