SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dois dias depois de ser acusada de assédio sexual e de promover um ambiente de trabalho hostil por um grupo de ex-dançarinos, Lizzo divulgou um comunicado em que diz que as denúncias são inacreditáveis e em que as definiu como falsas.
Publicada em seu Instagram, a nota diz ainda que as histórias são sensacionalistas e que foram criadas por ex-funcionários que foram repreendidos durante sua turnê por apresentarem comportamento inapropriado.
"Esses últimos dias têm sido dolorosamente difíceis e esmagadoramente decepcionantes. Minha ética de trabalho, minha moral e meu respeito têm sido questionados. Meu caráter foi criticado. Eu normalmente escolho não responder a alegações falsas, mas estas são inacreditáveis e muito ultrajantes para não serem comentadas", escreveu.
"Essas histórias sensacionalistas estão vindo de ex-funcionários que já admitiram publicamente que lhes foi dito que seu comportamento na minha turnê era inapropriado e não profissional."
Há dois dias, três dançarinos de sua turnê acusaram Lizzo de ter forçado um deles a tocar em pessoas nuas em uma boate na Holanda e a obrigar funcionários a irem a bares de nudez.
Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez dizem ainda no processo aberto no Tribunal Superior de Los Angeles que Lizzo, a líder de suas dançarinas Shirlene Quigley e sua produtora, a Big Grrrl Big Touring, Inc., promoveram assédio sexual, intolerância religiosa, preconceito racial, capacitismo, gordofobia e encarceramento, entre outros abusos que tornaram o ambiente de trabalho hostil.
"Enquanto artista, eu sempre fui apaixonada pelo que faço. Eu levo minha música e minhas performances a sério porque, no fim do dia, eu só quero mostrar o melhor daquilo que representa a mim e a meus fãs. Com paixão vem trabalho duro e padrões altos. Às vezes, eu tenho que tomar decisões difíceis, mas nunca foi minha intenção fazer alguém se sentir desconfortável ou desvalorizado", disse ainda Lizzo.
"Eu não estou aqui para que me vejam como vítima, mas saibam que eu não sou a vilã que as pessoas e a mídia estão descrevendo nos últimos dias. Eu sou muito aberta em relação à minha sexualidade e à forma como me expresso, mas eu não posso permitir que as pessoas usem essa liberdade para me transformar em algo que não sou", continua.
"Não há nada que eu leve mais a sério do que o respeito que merecemos enquanto mulheres no mundo. Eu sei o que é sofrer gordofobia diariamente e jamais criticaria ou demitiria um funcionário por causa de seu peso. Eu estou magoada, mas não deixarei o trabalho que faço ser ofuscado por isso. Gostaria de agradecer a todos que ofereceram seu apoio neste momento difícil."
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