SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Atores e membros da produção da série "Cidade de Deus", da HBO Max, derivada do filme de mesmo nome, relataram terem sido agredidos por policiais militares durante as gravações em São Paulo, segundo reportagem do jornal O Globo. A série é filmada na comunidade 12 do Cinga.

Num vídeo publicado nas redes sociais, um figurante da série mostra à câmera um ferimento. O vídeo também mostra um policial dizendo ao diretor Aly Muritiba que foi até lá depois de uma denúncia sobre o "tribunal do crime", que se trata na verdade de uma sequência da série. Os envolvidos perguntam por que foram abordados com violência.

Testemunhas deram depoimentos no 5º Batalhão de Policiamento Metropolitano, e relataram que uma profissional da produção da série foi agredida, mesmo explicando que se tratava de uma ficção.

De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em 27 de julho agentes da Polícia Militar foram enviados à região do Parque Novo Mundo, na zona norte da cidade, por conta de uma suposta ação criminosa em andamento, mas foram posteriormente informados de que se tratava da gravação de um filme.

Ainda segundo a nota, a conduta dos policiais militares do 5º Batalhão está sendo apurada. A secretaria também informa que, depois do ocorrido, se reuniu com a produtora da série, a O2 Filmes, para se desculpar e dar o suporte necessário para que as filmagens continuem.

A produtora afirma que "se solidariza com a equipe e elenco e tem oferecido todo o suporte necessário" e que "tem trabalhado em colaboração direta com as autoridades".

A série de "Cidade de Deus" se passa 20 anos após os eventos do filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund. O fim do filme acontece no início dos anos 1980, e a série é ambientada nos anos 2000. O objetivo é mostrar como está a vida dos personagens que fizeram parte do longa, um dos maiores sucessos do cinema nacional.


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