SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Luísa Sonza se pronunciou sobre ter sido alvo de denúncia de racismo em 2018 e admitiu a culpa no episódio de discriminação racial. A cantora afirmou que teve dificuldade para compreender o erro e teve que estudar sobre racismo estrutural.
Naquele ano, em um hotel em Fernando de Noronha, Luísa pediu à advogada Isabel Macedo de Jesus, a qual passava férias no mesmo local, que a trouxesse um copo de água. Um ano depois, a advogada entrou com ação contra a cantora. Na época, ela negou a acusação, mas, em 2022, resolveu admitir ter sido racista em comunicado nas redes sociais, o que voltou a fazer nesta sexta-feira (3).
Em uma entrevista ao canal de Bianca Della Fancy no YouTube, Luísa relembrou o episódio após a drag queen dizer que o assunto continuaria voltando à tona caso a cantora não se posicionasse publicamente. Ela então explicou por que, até então, não falava sobre a acusação: "Eu não tenho que estar num lugar de justificar". "Errei, cumpri com isso, fiz o que pude, faço o que posso".
A artista disse que demorou a compreender que tinha sido racista: "Eu tive muita dificuldade de entender no começo, por ser uma pessoa branca e não viver isso na pele". Eu tive que realmente estudar e entender profundamente". Ela disse ter lido trabalhos de Djamila Ribeiro, colunista da Folha de S.Paulo, e do Ministro Silvio Almeida.
Luísa contou que decidiu não se pronunciar até realmente entender sobre o assunto e se tornar uma pessoa antirracista. "Foi um processo muito longo. Você não consegue da noite para o dia. Eu gostaria muito de ter aprendido isso antes".
Em agosto deste ano, Luísa fechou um acordo com Isabel Macedo para encerrar o processo. O valor da indenização não foi revelado.
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