O projeto Fala Aê Juventude realizou mais uma edição na última sexta-feira (29) no Centro Socioeducativo de Juiz de Fora. A atividade reuniu jovens internos para uma roda de conversa sobre participação social, cultura e trajetórias inspiradoras, marcada por uma homenagem à educadora e militante Adenilde Petrina, figura histórica na construção do projeto.

Nascida em Cachoeira do Campo (MG), Adenilde mudou-se para Juiz de Fora ainda na adolescência e foi a primeira de sua família a ingressar no ensino superior. Concluiu o curso de Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre 1970 e 1974 e passou a atuar em defesa da justiça social, igualdade racial e democratização da educação.

Por quase três décadas, foi professora da rede municipal e desenvolveu ações comunitárias no bairro Santa Cândida. Coordenou a Rádio Comunitária Mega FM e integrou o Coletivo Vozes da Rua, iniciativas que ampliaram espaços de expressão para jovens e fortaleceram identidades periféricas.

Nos anos 1990, Adenilde aproximou-se da cultura hip hop, enxergando no rap, no slam, na poesia e em outras manifestações culturais uma ferramenta de transformação para a juventude negra. Defendia o hip hop como cultura de resistência e afirmação comunitária.

Durante o encontro, os participantes conheceram essa trajetória, debateram o impacto das ações culturais e refletiram sobre direitos, pertencimento e oportunidades. A atividade destacou o papel da memória, da representatividade e da escuta no acolhimento de jovens em cumprimento de medida socioeducativa.

A homenagem reafirmou o legado de Adenilde Petrina, associando sua história ao fortalecimento de políticas voltadas à juventude e a perspectivas de futuro baseadas em justiça, igualdade e respeito.

PJF - Fala Aê Juventude celebra a história de Adenilde Petrina com jovens do Centro Socioeducativo

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