Famílias podem se cadastrar para acolher crianças em risco social São vinte vagas disponíveis para este ano. O programa, iniciado em 2009, já resolveu os casos de 14 crianças. Outras sete continuam acolhidas
Colaboração
21/1/2011
O programa Família Acolhedora está com as inscrições abertas para famílias que queiram acolher crianças e adolescentes que tiveram que se afastar da família por terem sofrido algum tipo de violência. Para este ano, existem vinte vagas disponíveis. As crianças podem ficar acolhidas por até dois anos.
Segundo a coordenadora executiva dos programas de alta complexidade, Cyntia Caputo Xavier, o principal objetivo é tornar o beneficiado apto para voltar ao convívio da família original. "O programa é extremamente positivo porque permite que as crianças tenham vínculos familiares com pessoas que estão aptas para lidar com elas", afirma.
Cyntia explica que o programa foi criado em 2009 e já acolheu 21 crianças. Dessas, 14 já tiveram seus problemas resolvidos e foram reinseridas na família original ou encaminhadas para adoção. A coordenadora fala ainda que, em 2009, 19 famílias se cadastraram e, em 2010, outras oito entraram no programa, totalizando 27 núcleos familiares participantes. "Se considerarmos apenas dados numéricos, podemos achar que o resultado é pequeno, mas não é. O que importa é a resolução dos casos", completa.
O programa é um serviço executado por técnicos da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac) em parceria com a Secretaria de Assistência Social (SAS) e com a Vara da Infância e Juventude. Os menores beneficiados pelo programa são vítimas de alguns tipos de violência, como abuso sexual, negligência dos responsáveis, entre outros. Uma equipe técnica do programa, composta por psicólogo e assistente social, acompanha com visitas constantes realizadas toda semana, o desenvolvimento da criança. Além disso, o programa dá suporte à família em questões de saúde, educação, entre outros.
Requisitos para ser uma família acolhedora
Os cadastros de todas as pessoas interessadas no programa são enviados para análise na Vara da Infância e Juventude. Segundo a coordenadora do programa, são avaliadas características básicas do perfil dos interessados. "O principal ponto a ser avaliado é a característica de solidariedade da pessoa. Os interessados devem colaborar para reinserção dos menores e não podem ter interesse em continuar com eles, porque há um prazo estipulado para a reinserção", explica.
Os interessados devem ter idade superior a 24 anos, não possuir antecedentes criminais, morar em Juiz de Fora e ter boa saúde. "As crianças já possuem um problema de perda familiar, então, a pessoa que vai acolhê-la deve ter boa saúde", afirma Cyntia. As famílias acolhedoras recebem uma quantia mensal de acordo com a idade das crianças. De zero a seis anos, o valor é de R$ 200, de sete a quatorze anos, R$ 250 e de quatorze a dezoito, R$ 300.
Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (32) 3690-7963 ou ainda irem à sede do projeto, localizada no Centro da cidade, avenida Rio Branco, 1843, 5° andar.
*Eliza Granadeiro é estudante do 6° período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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