SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário José Seripieri Junior, amigo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirma que o petista vai colocar no comando da Economia um nome político de sua inteira confiança. O time envolverá ainda economistas ligados aos liberais, que apoiaram a volta de Lula ao governo federal e esperam uma gestão de centro.
Fundador da Qualicorp e presidente da Qsaúde, Seripieri diz que Lula optou por fazer uma campanha "pé no chão", sem dar nomes de ministeriáveis antes do resultado oficial das urnas neste domingo (30), embora pesquisas de intenção de voto indicassem a necessidade dessa indicação para que ele conquistasse o apoio do empresariado.
"Agora ele vai descansar e, com menos pressão e mais responsabilidade, vai sentar com as forças políticas e definir o caminho a seguir", disse o empresário.
Durante as eleições, Seripieri participou de diversos encontros entre Lula e o empresariado e afirma que nunca ouviu de Lula um nome para compor o Ministério da Economia.
No entanto, Seripieri acredita que o presidente vai se cercar de bons economistas, repetindo o que fez Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu a economia brasileira no governo Itamar Franco (1992-1994).
"Falar de superliberalismo em um país em que pessoas ou almoçam ou jantam, não é correto", disse o empresário.
Para ele, não há como levar adiante um modelo para a Economia que seja totalmente liberal. Será preciso mesclar o assistencialismo.
Na última quinta-feira (27), reta final da campanha, o presidente da Qsaúde fez uma doação de R$ 500 mil para a campanha de Lula.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o empresário repassou R$ 1,8 milhão divididos entre Lula, as direções do PT e PSD e Thainara Faria (PT), eleita deputada estadual em São Paulo.
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