SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O bloqueio de estradas por caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pode causar desabastecimento em supermercados e postos de combustíveis, segundo alertam entidades do setor. Ainda há 175 obstruções em rodovias, de acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal divulgado por volta das 10h30.
Em nota, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou que o presidente da entidade, João Galassi, já pediu apoio a Bolsonaro para lidar com as dificuldades de abastecimento que os supermercadistas já começam a enfrentar "em função da paralisação dos caminhoneiros".
Galassi deve fazer um pronunciamento à imprensa por volta das 14h30.
Veja o que disseram as entidades de diversos setores da economia:
SUPERMERCADOS
"O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, pediu apoio ao presidente Jair Bolsonaro a respeito das dificuldades de abastecimento que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país. O presidente da Abras, João Galassi, fará um pronunciamento a respeito dos efeitos da paralisação no setor supermercadista ainda nesta terça-feira por volta das 14h30."
COMBUSTÍVEIS
"A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento nacional. A Fecombustíveis entende que o direito à manifestação não pode estar à frente do bom-senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito."
MEDICAMENTOS
Os bloqueios nas rodovias já começam a afetar o transporte de medicamentos. Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), diz que a entidade recebeu o relato de uma empresa que está com uma carga parada e não consegue entregar os produtos.
Na greve dos caminhoneiros de 2018, o setor conseguiu negociar a liberação dos caminhões que transportavam medicamentos. Desta vez, porém, está com dificuldade de estabelecer um diálogo. "Estamos tentando trabalhar nessa linha outra vez. O grande problema é saber quem é a liderança desse movimento", explica.
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