RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou que a empresa será ousada em iniciativas na corrida da IA (inteligência artificial), mas que terá cuidado ao fazê-las. A declaração foi dada em entrevista ao podcast Hard Fork, do jornal The New York Times, na qual o executivo falou sobre os recentes avanços das empresas de tecnologia e preocupação com o futuro.

No fim de março, o Google começou a testar o chatbot Bard, lançado para concorrer com ChatGPT, nos EUA e no Reino Unido. Após recepção inicial morna, o executivo disse que o chatbot será atualizado para um modelo mais potente.

Atualmente, o Bard roda em um modelo de linguagem chamado LaMDA, mas, segundo Pichai, será substituído pelo PaLM, que trará mais recursos, seja em raciocínio, seja em codificação. O objetivo é que o chatbot consiga responder melhor a perguntas matemáticas.

Na entrevista, o executivo expressou otimismo em relação à corrida da inteligência artificial, mas não deixou a preocupação de lado. "Você nos verá ousados e fazendo coisas, mas seremos muito responsáveis em como faremos isso", disse.

Ele acredita que, ao passo que a nova tecnologia pode ser "incrivelmente benéfica", também pode causar danos profundos e, por isso, é importante que os envolvidos sejam responsáveis ao tomar decisões e fazer lançamentos.

Pichai também abordou a carta aberta lançada por quase 2.000 pesquisadores de IA, incluindo Elon Musk, pedindo que empresas pausassem as pesquisas para lançar sistemas mais poderosos.

Segundo ele, é importante ouvir as preocupações das pessoas "atenciosas" que estão por trás disso, inclusive das que pesquisam a área há muito tempo. O executivo contou que conversou com o dono do Twitter há oito anos e que, já na época, mostrava-se preocupado com a questão da segurança.

"Acho que ele sempre se preocupou, e há mérito nisso. Embora eu não possa concordar com tudo o que está lá [na carta aberta] e na forma como seria feito, acho que vale a pena divulgar seu espírito."

Pichai também comparou a IA às mudanças climáticas. Para ele, o fato de as duas afetarem a todos e demandarem que o coletivo lide com as questões com responsabilidade lhe dá esperança.

Qual é a diferença entre o Bard, da Google, e o ChatGPT, da OpenAI?

Com a popularidade do ChatGPT, da OpenA,i e apoiado pela Microsoft, o Google começou a disponibilizar ao público seu chatbot de IA, o Bard.

O ChatGPT atingiu 1 milhão de usuários em menos de um mês. Os dois gigantes de tecnologia estão competindo para dominar o mercado de inteligência artificial.

Veja quatro diferenças entre os dois chatbots:

Dados atualizados

Ao contrário de seu concorrente ChatGPT, o Bard pode acessar informações atualizadas da internet e possui um botão "Google it" que dá acesso direto ao mecanismo de busca.

O banco de dados de conhecimento do ChatGPT vai apenas até o ano de 2021. Por exemplo, ele não tem capacidade para responder a perguntas sobre o recente terremoto na Turquia e na Síria.

Fontes de dados

O Bard é oriundo de um modelo de linguagem anterior do Google chamado LaMDA, que nunca foi totalmente aberto ao público --mas que será substituído pelo PaLM, que trará mais recursos, seja em raciocínio, seja em codificação.

Idiomas

O ChatGPT funciona em vários idiomas, incluindo português, espanhol, francês, árabe, mandarim, italiano, japonês e coreano. A qualidade da resposta varia de acordo com o idioma. Seu idioma principal seja o inglês.

Já o Bard está disponível apenas em inglês.

Para maiores de 18 anos

O Bard só permite o acesso a maiores de 18 anos enquanto no ChatGPT, a idade mínima é de 13 anos.


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