SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A incorporadora VCI, que está trazendo a rede Hard Rock Hotels ao Brasil, espera movimentar R$ 8 bilhões com a comercialização de unidades dos hotéis de luxo que pretende instalar em oito cidades.
Com um atraso de um ano, o primeiro deles está sendo concluído na Ilha do Sol, no município de Sertaneja, a cerca de 80 km de Londrina (PR). A empresa diz que está em fase final de construção e já vendeu 90% das frações do empreendimento. A inauguração está prevista para o segundo semestre deste ano.
Outros dois empreendimentos estão em construção -um em São Paulo (SP), na antiga sede do banco Sumitomo, na avenida Paulista, e outro na Praia de Lagoinha, em Paraipaba (CE).
Em fase de captação de recursos para as obras estão as unidades de Campos do Jordão (SP), Jericoacoara (CE), Foz do Iguaçu (PR), Natal (RN) e Recife (PE).
Apenas a unidade de São Paulo não é comercializada no modelo de multi propriedade imobiliária.
Nessa modalidade de compras de frações do empreendimento, os clientes adquirem o direito de uso de apartamentos em um determinado número de semanas ao longo do ano.
O objetivo deste modelo de gestão de recursos é captar investimentos na fase de construção e permitir aos multi proprietários vantagens após a inauguração do espaço, além de diminuir os custos que a administração de uma casa de praia geraria ao proprietário, por exemplo.
Em 2017, a VCI adquiriu o direito de usar a marca Hard Rock no mercado brasileiro, em uma parceria de 28 anos.
Em 2021, a VCI teve seu registro de companhia aberta suspenso pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A suspensão ocorreu após atraso de mais de um ano na prestação de informações à autarquia. Durante o período, a companhia não pôde, por exemplo, emitir títulos no mercado para captar recursos.
A situação, segundo a assessoria do grupo, foi totalmente resolvida com o pagamento de uma multa e o fechamento de capital da VCI. O problema, diz a empresa, não atingiu a captação de recursos para o projeto hoteleiro.
A companhia informa ainda que o atraso nos empreendimentos ocorreu devido às restrições impostas pela pandemia. No Paraná e no Ceará, não foi possível manter as obras com o isolamento social.
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