SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu próximo à estabilidade nesta segunda-feira (7) após ter registrado forte alta na semana passada, favorecido pelo corte de 0,50 ponto percentual da Selic no Brasil.
Às 9h19 no horário de Brasília, o dólar à vista avançava 0,20%, a R$ 4,8845 na venda. Na B3, às 9h19 no horário de Brasília, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, a R$ 4,9085.
Investidores estão à espera de dados de inflação a serem divulgados na China, nos Estados Unidos e no Brasil ao longo da semana, enquanto no exterior a moeda norte-americana possui viés de alta ante a maior parte das demais divisas de países emergentes ou exportadores de commodities.
A Bolsa brasileira caiu 0,89% e fechou aos 119.507 pontos nesta sexta-feira (4) pressionada por ações da Petrobras e do Bradesco, que divulgaram queda no lucro em seus balanços do segundo trimestre. Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumula baixa semanal de 0,56%.
Já o dólar abriu em leve alta, mas terminou o dia em queda de 0,44%, cotado a R$ 4,875, passando a ter desempenho negativo após a divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos, que vieram abaixo das expectativas do mercado. Na semana, porém, o dólar acumulou alta de 3%.
Na Bolsa brasileira, a queda do Ibovespa foi puxada pela Petrobras, que divulgou na quinta (3) seu balanço corporativo do segundo trimestre. A petroleira teve lucro de R$ 28,8 bilhões no período, uma queda de 47% em relação ao balanço anterior.
Foi o primeiro resultado trimestral anunciado pós a mudança na política comercial da Petrobras, que deixou de seguir o conceito de paridade de importação, que estima quanto custaria para trazer os produtos ao país.
Com isso, a Petrobras registrou forte queda de 2,84% em suas ações preferenciais e de 4,10% nas ordinárias, pressionando o Ibovespa.
Além disso, um recuo de 6,58% das ações do Bradesco puxava o desempenho do índice. O banco também divulgou seu balanço do segundo trimestre, que apontou queda de 36% no lucro.
Do outro lado, as ações da Vale, que subiram 0,20%, atenuaram a queda do Ibovespa, em dia de otimismo de investidores sobre a economia da China. Fortes altas de Renner (5,92%), BRF (5,78%) e Dexco (5,80%) também apoiaram o Ibovespa e foram as maiores do pregão, beneficiadas pelo início do ciclo de corte de juros desta semana.
O índice de "small caps", que reúne empresas menores e mais ligadas à economia doméstica, ou seja, mais sensíveis à queda de juros, subiu 0,66% nesta quinta.
Já as curvas de juros futuras registraram leve alta, ajustando-se após fortes quedas registradas nos últimos pregões. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 iam de 12,45% para 12,47%, enquanto os para 2025 iam de 10,47% para 10,48%.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários também abriram em alta, mas afundaram ao logo do dia. O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq caíram 0,53%, 0,43% e 0,36%, respectivamente.
O mercado americano foi surpreendido na quinta (3) pelo balanço da Apple, que apontou queda nas vendas de iPhones nos próximos meses. Por isso, mesmo atingindo as expectativas de receita e lucro, a companhia teve queda de 4,72% no pregão.
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