SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira operava em leve alta na manhã desta sexta-feira (1°), recuperando-se após duas sessões consecutivas de desempenho negativo. A Petrobras, que também está em recuperação, é a principal alta do dia, e a Gerdau era a ação mais negociada do pregão.
Na ponta negativa, a Vale, empresa de maior peso no Ibovespa, recuava, acompanhando a fraqueza do minério de ferro no exterior. Nesta semana, a mineradora sofreu críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foram vistas internamente como uma ameaça do chefe do executivo para recuperar poder.
No câmbio, o dólar registrava leve queda, mas operava próximo da estabilidade, ainda sob efeito dos novos números de inflação nos Estados Unidos divulgados na quinta (29).
Às 10h57, o Ibovespa caía 0,23%, aos 129.322 pontos, enquanto o dólar recuava 0,13%, cotado a R$ 4,966.
De acordo com Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, o movimento cambial desta sexta-feira reflete em parte "ajuste generalizado do dólar perante (moedas) emergentes, até por conta de um ajuste técnico pela alta moderada de fevereiro".
No mês passado, o dólar subiu 0,7% frente ao real e 0,6% contra uma cesta de pares fortes, em grande parte apoiado pelo adiamento das apostas sobre quando o Federal Reserve começará a cortar sua taxa de juros.
Alguns participantes do mercado temiam que dados de inflação dos EUA da véspera pudessem surpreender para cima e adiar ainda mais a projeção dos operadores para o início do afrouxamento monetário, mas a leitura do índice de preços PCE veio em linha com o esperado, o que manteve as apostas para um primeiro corte de taxa em junho. Segundo alguns agentes financeiros, isso colaborava para a fraqueza do dólar nesta sessão.
Para Bergallo, também pesava sobre o dólar nesta sexta-feira a queda dos rendimentos dos Treasuries.
Enquanto isso, o mercado local digeria nesta manhã dados do IBGE que mostraram estagnação da economia no quarto trimestre, mas avanço de 2,9% em 2023 como um todo. Segundo Bergallo, essa leitura não deve ter grande impacto sobre os mercados financeiros, uma vez que não ficou muito longe das expectativas de mercado e de órgãos oficiais.
Tanto o governo quanto o Banco Central esperavam expansão de 3,0% no ano passado como um todo, enquanto a expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,1% na base mensal.
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