É chegada a hora de nos despedirmos do ano de 2021 e dar boas vindas para 2022. Em meio a essa passagem do ano de 2021 para 2022 é inevitável não fazermos uma retrospectiva, a gente acaba olhando no “retrovisor” da história os últimos acontecimentos e constatamos que Coronavírus veio para mudar a história, acelerando mudanças em todos os aspectos da vida. O vírus veio para acelerar mudanças e causar alterações na estrutura socioeconômica, política e espiritual do globo. Não seremos como éramos antes. O mundo finalmente se dá conta de que vivemos numa aldeia global. Globalização não é só uma realidade econômica, mas também social.
Uma das questões que podemos salientar é o fato de que populações pobres, vivendo em condições insalubres, em favelas com superpopulação, e sem acesso aos recursos médicos foram e serão um foco de multiplicação e expansão do virus. Talvez isso ajudará o mundo compreender que a melhor distribuição da renda, da educação e a oferta de plano universal de saúde, não são uma questão ideológica ou programa da esquerda, mas de sobrevivência da humanidade.
O advento da pandemia nos trouxe à tona o quanto nós, como humanidade, somos hedonistas, materialistas, cínicos, geradores de morte, fome, atraso e injustiça! Progenitores de fanatismos doentes e letais. O fato é que o mundo está cada vez mais "estranho": Fome, consumo, lixo, sujeira, poluição, pestes, pragas, novas doenças, ar sujo, medo, depressão, pânico, doença mental, desconfiança, hostilidade, desamor, frieza afetiva, falência familiar, perda de referências e de senso de conveniência; morte da sabedoria e glória da insensatez; desequilíbrio de poderes, controle, manipulação, indução, aldeia global, instantaneidade de tudo; ansiedade sexual, desafeição paterno-materna; corrupção, roubos, arrombamentos, sequestros, trafico, banditismo legal, política como ação de pirataria, evolução cientifica para o bem e o mal; engenharia genética, clonagem, reprodução com controle genético, tecnologias de manipulação, alienação; religião anestésica, perda da transcendência, ódio de ser, medo do futuro, suicídio, desmaios, angustias, drogas, desagregação, ódio social, homicídios familiares; mentira e mentira, criação virtual de identidades, escuta, espionagem, invasão, vergonha, maldade, perversidade, perversão, normalização do que não é, falsificação, máscara, irrealidade, virtualidade, fantasia, pesadelo, terror, agressão, fuga, atropelamento, evasão, esconderijo, engano, distanciamento da realidade; auto-legislar, instituição do egoísmo, intolerância, fanatismo, divisão, guerra, morte, dor, promessa de vingança, vontade suicida, decisão de aniquilamento como vitória final, apequenamento planetário, etc.
O que fazer em meio a esse caos? Bom, o que fazer exatamente não sabemos, mas como Paulo Freire dizia: “é preciso ter esperança, mas tem de ser esperança do verbo esperançar”. Por que isso? Por que tem gente que tem esperança do verbo esperar. Esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que melhore, que funcione, que resolva”. Já esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. É ser capaz de recusar aquilo que apodrece a nossa capacidade de integridade e a nossa fé ativa nas obras. Esperança é a capacidade de olhar e reagir àquilo que parece não ter saída. Por isso, é muito diferente de esperar; temos mesmo é de esperançar.
Na esperança, desejo a todos um feliz natal e um esperançoso 2022.
Abraços fraternos.
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