SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O russo Nikita Mazepin, ex-piloto da Fórmula 1 que foi demitido da Haas em represália à guerra com a Ucrânia, fez uma publicação em suas redes sociais mostrando um novo caminho que seguiu após ter que se afastar do automobilismo: DJ em festas.
"Este ano tive que me despedir da Fórmula 1 por um tempo. Mas para se abrir para algo diferente, é importante chegar a um acordo com falhas e problemas. Se um caminho para a auto expressão estiver fechado, você precisará procurar outro", escreveu Mazepin na publicação.
"É legal que você possa descobrir novas facetas em si mesmo e encontrar oportunidades de desenvolvimento em seus próprios projetos", acrescentou.
Mazepin foi uma das atrações da festa Halloween Ball, que aconteceu no último dia 29 de outubro, e teve organização da The 99 Party, em Moscou.
Em março deste ano, a Haas anunciou o rompimento dos contratos com a sua então principal patrocinadora a UralKali, e Mazepin. A decisão aconteceu após a própria Fórmula 1 anunciar ter encerrado o contrato com o GP da Rússia, que era válido até 2025.
A trajetória de Mazepin no automobilismo foi marcada por polêmicas, desde uma suspensão por ter agredido outro piloto, Callum Ilott na F3, a um vídeo em que aparece tocando os seios de uma mulher claramente embriagada, que tenta se afastar dele. Nas pistas, ele ficou a um ponto de ser suspenso na F2 por estourar o limite de pontos vindos de punições, muitas delas resultado de comportamento agressivo na pista.
Na F1, ele acabou não tendo muitas oportunidades de disputar posições com outros pilotos. Em sua única temporada completa na categoria, correndo pela pior equipe e com um companheiro, Mick Schumacher, que também era novato, os dois se acostumaram a fechar o pelotão. Mas o ritmo de Schumacher era sempre muito superior.
Em classificações, não raro a diferença entre os dois era de mais de meio segundo, algo incomum entre pilotos de F1. E, principalmente na segunda metade do ano, em algumas oportunidades nas quais os dois se encontraram, isso gerou problemas para a equipe.
O clima interno ruim ficou claro nas gravações do seriado da Netflix que mostra os bastidores da F1, "Dirigir para Viver".
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