SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - Uma mudança na regra a respeito da ação dos goleiros em cobranças de pênaltis ajudou o belga Thibaut Courtois a defender nesta quarta-feira (23) uma batida do canadense Alphonso Davies na Copa do Mundo 2022.

Não faz muito tempo que a atenção aos goleiros em pênaltis aumentou por causa da regra que proíbe adiantamentos. Ou seja, se os arqueiros estiverem com os dois pés à frente da linha na hora da batida, a cobrança precisa voltar.

Para a temporada 2022/23, a IFAB (International Football Association Board), que regula as regras do futebol em conjunto com a Fifa, definiu em sua reunião geral anual uma pequena mudança na ação do goleiro em pênaltis.

No jogo da Copa, para não se adiantar, Courtois se posicionou atrás da linha de sua meta e pegou maior impulso por estar 'mais longe' de se adiantar. Até antes de 1º de julho de 2022, a cobrança muito provavelmente seria anulada; agora, ele está dentro da regra.

Vinculada à Fifa, a CBF explicou a mudança e informou, em 28 de junho de 2022, que passaria a usar as novas instruções da IFAB a partir de 1º de julho deste ano.

"Anteriormente, o goleiro tinha que ter pelo menos parte de um pé tocando ou pisando na linha do gol (meta) no momento da execução de uma penalidade máxima (seja durante o jogo ou dentro na disputa de pênaltis). Portanto, caso o goleiro tivesse um pé na frente da linha de gol e o outro atrás se considerava uma infração técnica, mesmo que não tenha sido alcançada dessa maneira qualquer vantagem ilegítima", inicia a entidade máxima do futebol brasileiro.

"O texto foi reformulado para evitar penalizar essa posição. Para explicar essa modificação, destaca-se que o espírito da regra incentiva o goleiro a posicionar os dois pés em contato direto com a linha gol ou diretamente acima dela até que a penalidade máxima seja executada; Em outras palavras, o goleiro não pode estar na frente ou atrás da linha de gol (meta)", continua.

Ao que diz o texto da CBF, espera-se bom senso dos goleiros para não se aproveitar da nova instrução, como fez Courtois nesta quarta. A ideia é que eles sigam com os pés em cima da linha até a batida. Pelo texto, porém, a ação do arqueiro do Real Madrid é permitida. O árbitro Janny Sikazwe, de Zâmbia, mandou o jogo seguir.


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