SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No início do segundo tempo da partida entre Portugal e Uruguai, na segunda-feira (28), Bruno Fernandes cruzou para a área e Cristiano Ronaldo subiu para cabecear. A bola seguiu sua trajetória e acabou entrando no canto esquerdo do goleiro Sergio Rochet.
O atacante português saiu para comemorar seu segundo gol na Copa do Mundo do Qatar, o que seria seu nono em Mundiais, igualando a marca de Eusébio. No entanto, instantes mais tarde a Fifa anunciou que o gol havia sido creditado para Bruno Fernandes.
Assim que houve a confirmação pelo alto-falante do estádio, Ronaldo sorriu. Fernandes ainda marcaria, de pênalti, o segundo gol de sua seleção na vitória por 2 a 0, para garantir a classificação às oitavas de final.
Como o lance da cabeçada de Ronaldo ganhou repercussão na imprensa e nas redes sociais, a Adidas, fabricante da bola da competição, divulgou uma nota esclarecendo a situação.
"Usando a Tecnologia de Bola Conectada instalada na bola oficial do jogo, a Al Rihla, da Adidas, somos capazes definitivamente de mostrar que não houve contato de Cristiano Ronaldo com a bola no gol de abertura da partida. Nenhuma força externa na bola pôde ser medida, conforme mostrado pela falta de uma 'batida' em nossas medições. O sensor IMU de 500Hz dentro da bola nos permite ser altamente precisos em nossa análise", diz o comunicado publicado na imprensa europeia, como o canal Sky Sports.
O jornalista britânico Piers Morgan publicou no Twitter que Ronaldo havia garantido a ele que sua cabeça havia tocado na bola e que até Bruno concordava. No entanto, a tentativa de CR7 foi em vão e a Fifa confirmou mesmo o gol para Fernandes.
"A sensação que tive foi que Cristiano tocou na bola. Eu estava passando a bola para ele", disse Fernandes após a partida. "O que importa é que vamos passar para a próxima fase depois de enfrentar um adversário muito difícil."
Cristiano Ronaldo ainda terá a chance de igualar e até superar a marca de Eusébio, mas ele já bateu um recorde logo em seu primeiro jogo no Qatar: é o único jogador a fazer gols em cinco Copas, com o tento que abriu a vitória por 3 a 2 sobre Gana.
O chip na bola é uma tecnologia que demorou três anos para ser produzida entre pesquisas e testes. Um de seus objetivos principais é o que ficou conhecido como "impedimento semiautomático", o mecanismo para reduzir o tempo de checagem da posição dos jogadores em campo, que já anulou vários gols no Qatar, inclusive do Brasil, contra a Suíça.
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