SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Japão fez história na Copa do Mundo do Qatar ao derrotar a favorita Espanha por 2 a 1 nesta quinta-feira (1º) e garantir o primeiro lugar do Grupo E, além de confirmar a eliminação da Alemanha.
Para que isso ocorresse, um lance em especial foi decisivo: a intervenção do VAR (árbitro de vídeo) no lance do gol da virada japonesa, aos 5 min do segundo tempo, apenas três minutos depois do primeiro gol.
Em contra-ataque, a bola foi cruzada na área pela direita, passou por todo mundo e, na risca da linha de fundo, foi tocada para trás por Mitomo. Na pequena área, Tanaka tocou para a rede e saiu para comemorar.
Inicialmente, o árbitro sul-africano Victor Gomes anotou o impedimento, mas logo em seguida o VAR o notificou e, após alguns minutos, determinou que a bola não havia saído do campo e, portanto, o gol era legal.
Na transmissão da TV, não dava para perceber se a bola realmente havia saído, mas a tecnologia do VAR atuou para tirar a dúvida. Essa questão foi destacada no site da Fifa.
"Nas Copas do Mundo de outrora, isso teria sido o fim. Mas vivemos na era do VAR e isso foi uma bênção para quem vê a tecnologia como uma força do bem. As imagens em câmera lenta revelaram que Mitoma havia chutado a bola antes que ela completasse sua rotação para a lateral", explicou o texto no site da entidade máxima do futebol.
O árbitro de vídeo usou a imagem 3D criada pela câmeras conectadas ao sistema (no mínimo 12 por estádio) e o sensor da bola para medir o momento em que Mitoma a tocou. Assim, foi possível avaliar a posição exata da bola no campo.
Segundo a Fifa, essa avaliação mostrou que a redonda não saiu totalmente do campo de jogo, o que validou o gol.
Se a bola estivesse na linha do gol, o sensor dentro dela avisaria automaticamente o árbitro se ela cruzasse a linha totalmente, uma vez que há sensores também nas traves.
A regra número 9 do futebol prevê que a bola só está fora do campo quando ela ultrapassa totalmente as linhas externas pelo chão ou pelo ar.
As câmeras do VAR também servem para rastrear a posição de cada jogador em campo, além de localizar 29 possíveis pontos de contato do corpo com a bola. Essa tecnologia só é utilizada quando o atleta em impedimento tocar a bola. Nos demais lances, como na interferência na área do goleiro, por exemplo, a definição é do árbitro.
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