DOHA , QATAR (FOLHAPRESS) - Mexicanos são o principal público do Nusr-Et, churrascaria do chef turco Nusret Gökçe, mundialmente conhecido como Salt Bae pela forma inusitada como despeja sal na carne. Os brasileiros estão em segundo lugar --e não passam despercebidos quando aparecem em algum de seus 32 restaurantes.

Mas frequentemente chegam com expectativas que serão frustradas. "Os brasileiros normalmente vão atrás de picanha", contou o chef Salt Bae, em uma tarde lotada na filial de Doha, capital do Qatar, que recebe a Copa do Mundo. Mas o local, que só conta com carnes nobres, não oferece o corte queridinho do churrasco entre amigos.

"Os brasileiros normalmente só conhecem picanha e ignoram os outros cortes. As pessoas que vêm aqui sabem que vão encontrar boas carnes, de qualidade. Aqui, não é o lugar onde vão encontrar picanha", disse o chef.

Mas a falta do corte não parece ser um problema. Fãs de todas as nacionalidades entram em longas filas não apenas para garantir uma mesa mas para fazer uma "selfie" com o chef, que para com frequência no salão para atender aos inúmeros pedidos.

Salt Bae também foi estrela na folga da seleção brasileira, na última terça-feira (29), quando jogadores foram ao restaurante pedir o prato mais caro do cardápio, um grande corte de rib-eye folheado a ouro 24 quilates, que custa aproximadamente R$ 3.300.

Ronaldo Fenômeno, campeão do Mundial de 2002, também estava por lá. E registrou o momento em suas redes sociais. O chef os recebeu pessoalmente e disse que estavam "muito animados" e com bastante apetite. "Até dançaram."

A seleção da Espanha também marcou presença na churrascaria e foi recebida pelo turco.

O espaço fica localizado no resort de luxo Sheraton Grand Doha e conta com mesas com vista para o mar. Para o chef, porém, as melhores são na entrada. Ali a vista é para a cozinha com conceito aberto, e para as geladeiras de vidro com vegetais vistosos e organizados, além de cortes diversos de carne crua.

O restaurante serve de palco para o Salt Bae, que faz uma performance enquanto corta a peça e joga o sal para finalizar. Alguns ainda recebem um pedaço na boca, diretamente da ponta de sua faca.

A exibição ocorre principalmente para aqueles que compram as peças maiores. O corte mais barato na filial de Doha custa cerca de R$ 270 e serve uma pessoa. Mas há opções um pouco mais em conta, como o hambúrguer com fritas, que fica em torno de R$ 215.

A mais cara, porém, foi a escolha da seleção -que, apesar do preço, é popular e sai com frequência.

"Tudo é gostoso, eu sempre recomendo o melhor levando em consideração o preço, claro. Pessoas podem pagar coisas diferentes", afirmou.

Quem topa encarar filas, que podem chegar a três horas por uma mesa no restaurante, tem uma hora para comer. Finalizada a refeição, os garçons são ágeis para providenciar a conta e convidar as pessoas a se retirar. O preço é salgado, e o tempo é curto -ao menos, a comida é boa.


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