SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Robinho afirma que está na sua casa em Santos com a família. Em nota enviada ao UOL, o ex-jogador confirma a apuração sobre ter mudado a rotina na cidade.
"O jogador está dedicado à sua família e se encontra todos os dias em sua casa, em Santos. Cabe esclarecer que ele não reside em São Vicente há mais de 20 anos. O jogador está permanentemente à disposição da Justiça, como sempre está à disposição", diz Robinho em nota.
Robinho tem apartamento na esquina da praia do bairro Aparecida, entre o Canal 5 e o Canal 6 de Santos, e deixou de ir aos locais onde era visto normalmente nos últimos meses. Segundo pessoas que têm contato com o jogador, ele ficou em alerta com a repercussão recente de seu caso, especialmente após o Ministério Público Federal concordar em transferir sua pena de prisão ao Brasil. Sua família mantém a rotina normal na cidade.
Robinho parou de frequentar os jogos da Portuguesa Santista. Nos últimos meses, ele acompanhava a campanha na Série A-2. Ia aos jogos de maneira discreta, usando camisa de cor neutra, chapéu e óculos escuro.
O jogador não tem ido a um futevôlei que costumava jogar pela manhã no Canal 3. Ele também não tem mais acompanhado o filho nos treinos do Santos, na Vila Belmiro. Robson Junior é meia do time sub-17.
O "sumiço" veio logo após Robinho passar o Carnaval normalmente na Baixada Santista. O feriado festivo foi o último fim de semana antes do parecer do MPF favorável à prisão do atleta: na quinta-feira pós-Carnaval, a presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, mandou que Robinho seja citado no processo e intimou a PGR a indicar seus endereços. Dois deles são em São Vicente, um em Santos e outro no Guarujá.
A reportagem esteve nos locais nesta semana e não teve notícias do jogador.
A SITUAÇÃO DO JOGADOR
O governo italiano pediu ao Brasil que execute a pena do ex-jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados em última instância a nove anos de prisão por terem estuprado em grupo uma jovem de 23 anos na noite do aniversário da mulher, em janeiro de 2013. Na época, o ex-atacante jogava no Milan.
Os pedidos foram assinados por Carlo Nordio, ministro da Justiça italiano, em 24 de janeiro e mandados ao governo brasileiro através de canais diplomáticos no dia 31.
Nesta sexta-feira, Robinho indicou o jurista José Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE, para defendê-lo no processo junto ao STJ que avalia o pedido do governo italiano para que o jogador cumpra no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro -ele foi condenado pela justiça da Itália. José Eduardo é primo de Geraldo Alckmin, atual vice-presidente da República.
Além de José Eduardo, fazem parte do corpo de advogados José Augusto Rangel de Barros, Rodrigo Otávio Barbosa de Alencastro, Pedro Junior Rosalino Braule Pinto e João Paulo Chaves de Alckmin.
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