SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pela primeira vez em sua história, o Santos foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Para ficar na primeira divisão sem depender de outros resultados, o time praiano precisava vencer o Fortaleza na última rodada, mas perdeu por 2 a 1, com o segundo do time nordestino saindo nos acréscimos do segundo tempo.
O placar na Vila Belmiro, combinado com a vitória do Bahia em cima do Atlético-MG e a do Vasco sobre o Bragantino, sacramentou a primeira queda da equipe paulista.
No primeiro ano após a morte do Rei Pelé, com o campeonato inclusive recebendo a alcunha de Brasileirão Rei em homenagem ao eterno camisa 10, o time da Vila Belmiro teve uma temporada marcada por fracassos em série dentro e fora de campo.
O ano trágico para a equipe do litoral teve eliminações precoces no Campeonato Paulista, na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil. No Brasileiro, o time da Vila Belmiro ainda sofreu uma goleada de 7 a 1 para o Internacional.
A primeira queda da formação praiana para a Série B vai entrar na conta da gestão do presidente Andres Rueda. Na avaliação dos críticos, faltaram critério e planejamento na contratação de jogadores e treinadores, nas categorias de base e também no elenco profissional. Desde que o dirigente assumiu o clube, em 2021, nove técnicos passaram pelo banco de reservas.
O último balanço financeiro indica ainda que não é apenas dentro das quatro linhas que a equipe praiana tem sofrido com a má administração. O balancete referente ao segundo trimestre de 2023 mostrou que o clube somava uma dívida de aproximadamente R$ 700 milhões em junho, após apresentar um deficit de R$ 10,2 milhões no período.
O último título foi o Paulista de 2016. E a falta de títulos ?uma das principais fontes de receita, com as respectivas premiações? impede que o clube consiga elaborar um plano para equacionar as dívidas. No estadual deste ano, por exemplo, a previsão era de arrecadação de R$ 1,6 milhão, com classificação às finais. A queda precoce, com a 11ª colocação, rendeu aos cofres apenas R$ 180 mil.
O rebaixamento foi o último ato de Rueda à frente da agremiação. No próximo sábado (9), o Santos elege o presidente do clube pelos próximos três anos, em mandato de 2024 a 2026. Cinco postulantes disputam o cargo: Ricardo Agostinho, Wladimir Mattos, Rodrigo Marino, Maurício Maruca e Marcelo Teixeira.
Com a queda do Santos, agora restam apenas São Paulo e Flamengo como os times da elite do futebol brasileiro que nunca foram rebaixados para a segunda divisão na história.
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistente 1: Bruno Boschilia (Fifa - PR)
Assistente 2: Michael Stanislau (RS)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (Fifa-RN)
Público e renda: 14.130/R$ 708.607,50
Cartões amarelos: Dodô e Gabriel Inocêncio (Santos) e José Welison, Pochettino e Yago Pikachu (Fortaleza)
Gols:
Santos: Messias, aos 12 minutos do 2T
Fortaleza: Marinho, aos 38 minutos do 1T; Lucero, aos 49 minutos do 2T
SANTOS
João Paulo, João Basso (Jair), Messias e Dodô (Nonato); Lucas Braga, Tomás Rincón (Lucas Lima), Jean Lucas (Maximiliano Silvera), Soteldo e Gabriel Inocêncio; Marcos Leonardo e Furch (Weslley Patati). T.: Marcelo Fernandes
FORTALEZA
João Ricardo, Tinga, Benevenuto, Titi e Bruno Pacheco; Zé Welison, Pochettino (Lucas Sasha) e Calebe; Marinho (Pedro Augusto), Guilherme e Lucero. T.: Juan Pablo Vojvoda
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