O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, recordou traumas passados para pregar cuidado e evitar euforia no primeiro jogo do Flamengo pelo Intercontinental, contra o Cruz Azul, do México. A estreia rubro-negra é nesta quarta-feira, às 14h (de Brasília), em Doha, no Qatar.

"É um dia de cada vez. Eu acordo Cruz Azul, tomo café Cruz Azul, almoço Cruz Azul, janto Cruz Azul. Máximo respeito. Eu sou rubro-negro de 50 anos no Maracanã. Vi o Flamengo fazer umas flamengadas inacreditáveis ao longo do tempo. A gente pode não ganhar. Mas Santo André (derrota na final da Copa do Brasil de 2004) e América do México (eliminação nas oitavas de final da Libertadres de 2008) jamais vão acontecer novamente por soberba. Máximo respeito ao time mexicano, vamos fazer um jogo duro", disse Bap, que foi ontem à premiação da CBF para o Brasileirão 2025.

O dirigente ainda mencionou o peso do calendário e do esfoço aplicado para faturar Libertadores e Brasileirão na temporada atual.

"Estamos com mais de 70 jogos, tem o efeito cumulativo, de baixar a guarda, porque a gente se planejou para ganhar tudo. Tem uma série de variáveis. O Botafogo ano passado chegou como favorito e perdeu por 3 a 0 para o Pachuca. Ninguém diria que pudesse acontecer. É bom que a gente mantenha guarda alta, sandálias da humildade. É encarar o Cruz Azul com muita seriedade", completou Bap.

Apesar de ainda faltar uma competição para fechar 2025, Bap já está de olho no ano que vem. Ele espera renovar com Filipe Luís perto do Natal e trata a permanência do diretor José Boto como certeza.

O presidente ainda planeja aumento de investimento no futebol, inclusive com uma janela forte de contratações no início do ano -ao contrário do que aconteceu em 2025.

"O Flamengo, conceitualmente, vem mais forte ano que vem. Em 2025, foi um processo de construção, mudança de modelo e de gestão. Nomes novos. Adaptação do Boto e do Filipe ao relacionamento comigo. Chegada de jogadores que, por questão econômico-financeira, aconteceram mais tarde. A gente espera esse ano inverter isso. A gente não tem no início do ano os problemas de caixa que tivemos em 2025", afirmou Bap.

"É um desafio enorme quando você ganha muito, como a gente ganhou, manter a fome. A minha maior preocupação é ter 30 leões com muita fome. Esse é o maior desafio", disse Bap, presidente do Flamengo,